São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 2006 |
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Especialista defende restrição a direitos civis
GUSTAVO CHACRA
Táticas de espionagem que
envolvem grampear telefones,
vasculhar e-mails e interrogatórios sem autorização judicial
são necessárias para combater
o terrorismo, defende Stuart
Gottlieb, professor das disciplinas "Terrorismo e Contraterrorismo" e "Armas de Destruição em Massa" da Universidade Columbia, em Nova York.
Na avaliação dele, o objetivo
do movimento salafista ligado à
Al Qaeda é levar adiante um
atentado nos EUA que tenha
dimensões similares ao 11 de
Setembro. Apesar do ódio aos
EUA e seus aliados, a Al Qaeda,
que tem cunho sunita, coleciona também inimigos no Oriente Médio, como os xiitas do
Hizbollah e o Irã, afirma o professor. A seguir, trechos da entrevista concedida à Folha em
Nova York. FOLHA - Como se evita a entrada de explosivos líquidos em um avião? STUART GOTTLIEB - Não dá para evitar, não é difícil entrar com esses explosivos. E com a ajuda de um detonador que pode estar em um Ipod, um relógio ou um celular, provoca-se uma explosão. Não é no aeroporto que se impede um atentado desses. FOLHA - Qual a saída?
FOLHA - Mas não há como acabar
com a ideologia do terror, em vez de
restringir liberdades e agir militarmente?
FOLHA - O atentado supostamente
abortado ontem foi uma ação organizada pela cúpula da Al Qaeda ou
por uma célula isolada baseada em
Londres, que comparte dos mesmos
ideais?
FOLHA - Muitas pessoas confundem o Hizbollah com este movimento salafista e a Al Qaeda, quando, na verdade, eles são inimigos.
FOLHA - A Al Qaeda atrai cada vez
mais integrantes muçulmanos não
árabes, por quê?
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