São Paulo, terça-feira, 11 de agosto de 2009

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IRÃ

Afastamento de oficiais gera novas críticas a Ahmadinejad

DA ASSOCIATED PRESS

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afastou quatro oficiais da Inteligência que se opuseram à violenta repressão aos protestos deflagrados após sua reeleição, em junho, disseram ontem deputados e meios reformistas e conservadores de alas rivais à do mandatário.
A medida tem potencial de agravar as crescentes diferenças entre Ahmadinejad e as alas da linha-dura do regime islâmico que o apoiaram no contestado pleito, mas recentemente vêm externando críticas ao seu governo.
O presidente, que iniciou seu segundo mandato na semana passada, atraiu a ira de conservadores ao contrariar o líder supremo e seu apoiador, aiatolá Ali Khamenei, sobre a escolha de um vice-presidente que acenara a Israel. A indicação foi revista.
O expurgo, segundo críticos, visa reforçar o controle do presidente sobre a Inteligência iraniana e a Guarda Revolucionária, órgão que assumiu a linha de frente da repressão aos oposicionistas, que resultou em ao menos 20 mortos e centenas de presos.
Há cerca de duas semanas, Ahmadinejad demitira o ministro da Inteligência, Gholam Husein Mohseni Ejei.
Também ontem, o presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, ordenou uma investigação sobre as denúncias de que opositores presos nos protestos foram "brutalmente violentados", apresentadas pelo candidato derrotado Mehdi Karroubi.
Anteontem, o reformista publicou relatos de que detentos haviam sofrido abusos de carcereiros ao ponto de danos físicos e mentais.
Karroubi disse ter pedido ao ex-presidente reformista Akbar Hashemi Rafsanjani (1989-1997), apoiador de Mir Hossein Mousavi, que levasse o caso ao líder supremo.


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