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IRÃ
Afastamento de oficiais gera novas críticas a Ahmadinejad
DA ASSOCIATED PRESS
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afastou
quatro oficiais da Inteligência que se opuseram à violenta repressão aos protestos
deflagrados após sua reeleição, em junho, disseram ontem deputados e meios reformistas e conservadores de
alas rivais à do mandatário.
A medida tem potencial de
agravar as crescentes diferenças entre Ahmadinejad e
as alas da linha-dura do regime islâmico que o apoiaram
no contestado pleito, mas recentemente vêm externando
críticas ao seu governo.
O presidente, que iniciou
seu segundo mandato na semana passada, atraiu a ira de
conservadores ao contrariar
o líder supremo e seu apoiador, aiatolá Ali Khamenei,
sobre a escolha de um vice-presidente que acenara a Israel. A indicação foi revista.
O expurgo, segundo críticos, visa reforçar o controle
do presidente sobre a Inteligência iraniana e a Guarda
Revolucionária, órgão que
assumiu a linha de frente da
repressão aos oposicionistas,
que resultou em ao menos 20
mortos e centenas de presos.
Há cerca de duas semanas,
Ahmadinejad demitira o ministro da Inteligência, Gholam Husein Mohseni Ejei.
Também ontem, o presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, ordenou
uma investigação sobre as
denúncias de que opositores
presos nos protestos foram
"brutalmente violentados",
apresentadas pelo candidato
derrotado Mehdi Karroubi.
Anteontem, o reformista
publicou relatos de que detentos haviam sofrido abusos de carcereiros ao ponto
de danos físicos e mentais.
Karroubi disse ter pedido
ao ex-presidente reformista
Akbar Hashemi Rafsanjani
(1989-1997), apoiador de Mir
Hossein Mousavi, que levasse o caso ao líder supremo.
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