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Atentados matam ao menos 48 no Iraque
Com os ataques de ontem em Bagdá e Mossul, número de mortos em agosto, em apenas dez dias, já se aproxima do total de julho
Explosões vitimaram 98 pessoas nos quatro últimos dias; especialistas dizem que ataques tendem a crescer até pleito em 2010
Associated Press
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Homem caminha sobre escombros de casas destruídas ontem após caminhões-bomba explodirem perto de Mossul, norte iraquiano, onde 28 pessoas morreram
DA REDAÇÃO
Na mais recente onda de
atentados no Iraque, 48 pessoas morreram e mais de 250
ficaram feridas ontem, perto da
cidade de Mossul, no norte do
país, e na capital, Bagdá.
Com as mortes de ontem,
agosto já soma 98 vítimas em
dez dias, o que o torna, até agora, o mês com maior média diária de mortos em ataques no
ano, no Iraque. Em termos absolutos, já quase igualou o número de casos de julho inteiro,
quando houve 101 mortes.
No total, só neste ano, 989
pessoas perderam suas vidas
em atentados no país, segundo
levantamento da agência de
notícias Associated Press.
As ações violentas recentes
acirram ainda mais a tensão na
região e o temor de que se repita um novo conflito sectário,
entre sunitas (minoritários,
porém hegemônicos durante a
ditadura de Saddam Hussein) e
xiitas, tal como aconteceu no
país entre 2006 e 2007.
O ataque mais mortífero de
ontem atingiu um vilarejo de
um pequeno grupo xiita perto
de Mossul, onde dois caminhões-bomba explodiram, matando ao menos 28 pessoas e ferindo 155. Muitos morreram
enquanto dormiam no telhado
de suas casas por causa do calor
-40 casas foram destruídas.
Em Bagdá, uma série de nove
explosões em vários pontos
matou ao menos 20 pessoas e
feriu mais de cem.
Na sexta-feira, as mesmas cidades também tinham sido alvo de uma série de atentados
que fizeram 50 vítimas fatais
-38 em Mossul e 12 em Bagdá.
Os ataques corroboram os
alertas dos militares dos EUA
de que os insurgentes estão visando os xiitas como estratégia
para realimentar a violência
sectária no país. Mas os americanos salientaram que os xiitas,
principais vítimas da crescente
onda de ataques, têm mantido a
prudência e evitado a retaliação, como fizeram há três anos.
A expectativa de especialistas e de autoridades militares é
que os ataques aumentem até o
pleito iraquiano, em janeiro.
O recrudescimento da violência no Iraque acontece pouco mais de um mês após os EUA
terem desocupado os centros
urbanos do país, ficando apenas com a responsabilidade de
garantir a segurança nas áreas
rurais, estradas e áreas de fronteira. A iniciativa fez parte do
cronograma de retirada das
tropas estrangeiras, acordado
entre os dois países.
Segundo o plano, oficializado
no final do mandato do ex-presidente George W. Bush (2001-2009), todas as tropas americanas devem sair do Iraque até o
fim de 2011. Os militares dos
EUA estão no Iraque desde a
invasão do país, em 2003,
quando tiraram o ditador Saddam Hussein do poder.
Com agências internacionais
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