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IRAQUE OCUPADO
Paris quer governo local com mais poderes
Atentado mata 3 no norte do Iraque; França admite reconhecer conselho
DA REDAÇÃO
Três iraquianos -incluindo
duas crianças- e um terrorista
suicida morreram na explosão de
um carro-bomba ontem na cidade curda de Arbil, no norte do Iraque. Outras 53 pessoas foram feridas, e quatro agentes americanos
estão em condição grave.
O alvo do carro, carregado de
TNT, era um complexo da inteligência americana na cidade, mas
o veículo explodiu pouco antes de
chegar ao local. O ataque foi o
quinto com um carro-bomba no
Iraque em cinco semanas.
Nenhum grupo reivindicou a
autoria do atentado. Autoridades
curdas atribuíram a explosão à Al
Qaeda, a rede terrorista por trás
do 11 de Setembro. Já as autoridades americanas suspeitam do Ansar al Islam, ligado à Al Qaeda.
Antes, o comando americano
anunciara a morte de dois soldados em ataques com bombas caseiras em Bagdá -um deles tentava desarmar uma bomba, outro
morrera na véspera ao passar sobre uma mina. Assim, somam 69
as baixas americanas em ações
hostis no pós-guerra.
A coalizão anglo-americana
anunciou que há hoje no Iraque
pouco menos de 116 mil soldados
americanos. Há duas semanas, falava-se em até 130 mil soldados.
Os EUA vêm buscando apoio
internacional para substituir parte de seus homens no país por forças multinacionais, mas até agora
o resultado tem sido irrisório.
Mas o presidente do Conselho
de Governo Iraquiano, Ahmed
Chalabi, afirmou que o organismo, empossado pelos EUA em julho, reprova o aumento das forças
estrangeiras no país. "A política
do conselho não é pela entrada de
tropas, mas pela saída", declarou.
A França e a Alemanha enviaram uma proposta conjunta aos
EUA em que se dispõem a reconhecer efetivamente o conselho
iraquiano -submetido a Washington-, se o país reduzir seu
papel político na formação do governo iraquiano.
Separadamente, a Rússia também enviou sua proposta. Já o
chefe de política externa da União
Européia, Javier Solana, declarou
que não há consenso dentro do
bloco sobre o tema.
França e Rússia são membros
permanentes dos Conselho de Segurança da ONU, cujos chanceleres debaterão, neste sábado, em
Viena, uma proposta de resolução feita pelos EUA visando uma
maior contribuição internacional
no Iraque. O subsecretário de Estado dos EUA Richard Armitage
afirmou haver negociações em
curso com os dois países.
Já o presidente George W. Bush
reiterou estar "aberto a sugestões". "Não vamos nos deixar levar por desentendimentos passados. Vamos avançar", disse ele em
Washington.
Com agências internacionais
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