São Paulo, quinta-feira, 11 de outubro de 2007

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memória

Guerra Civil matou cerca de 500 mil

DA REPORTAGEM LOCAL

A Guerra Civil Espanhola foi no século 20 o primeiro grande confronto entre blocos ideológicos. Envolveu forças locais, mas também a União Soviética, a Itália fascista e a aviação de Hitler.
A Espanha ainda funcionou como laboratório ao conflito que eclodiria em 1939 na Europa.
Republicana a partir de 1931, ela elegeu em fevereiro de 1936 um governo de esquerda. Cinco meses depois a direita desencadeava um golpe militar no Marrocos e nas Ilhas Canárias. Sevilha, Granada e Córdoba logo cairiam nas mãos dos rebeldes.
Cerca de 40 mil estrangeiros estimulados por Moscou participaram das Brigadas Internacionais. Intelectuais como Ernest Hemingway e André Malraux glamourizaram a causa republicana.
A longa guerra de posições permitiu que os nacionalistas, comandados pelo general Francisco Franco, tomassem Madri (1938) e em seguida Barcelona (1939), de onde o governo republicano partiu para o exílio na França.
Foram fuzilados padres, líderes sindicais, militantes da esquerda, dirigentes de entidades católicas ou universitários engajados nos dois campos. O número de mortos excedeu de longe o número de prisioneiros, com a institucionalização do ódio ideológico.
Os republicanos tinham uma base de apoio heterogênea. Eram socialistas moderados, mas também anarquistas ávidos de suprimir a religião e duas facções comunistas -partidárias de Trotsky e Stálin- que chegaram a lutar uma contra a outra em Madri.
Quanto aos nacionalistas, além do Exército, eram apoiados por um leque que cobria da intelectualidade católica aos proprietários rurais.
Não há estimativa precisa sobre o número de mortos. Teria sido meio milhão. Além dos combatentes, há os civis fuzilados pelos dois campos, vítimas civis de bombardeios, de epidemias e da fome. (JBN)


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