São Paulo, sábado, 11 de outubro de 2008

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Republicana abusou do poder no governo do Alasca, conclui investigação legislativa

DA REDAÇÃO

Uma comissão legislativa no Alasca considerou ontem, em reunião só realizada após autorização judicial, que a governadora Sarah Palin, candidata republicana à Vice-Presidência, abusou de seu poder para demitir o ex-comissário de Segurança Pública Walt Monegan.
O relatório, de quase 300 páginas, não recomenda punições nem uma investigação criminal contra a governadora. Mas aponta que ela violou as normas locais sobre ética pública, que proíbem servidores de usar o cargo em proveito próprio.
A comissão afirma ainda que, embora não tenha sido a única razão para a demissão de Monegan, a questão familiar teve peso na decisão.
Ao "New York Times", Monegan disse ter sido incentivado por Palin e sua equipe a perseguir o soldado Mike Wooten. O recruta fora casado com a irmã da governadora, com quem teve um divórcio turbulento, com ameaças e troca de acusações sobre a custódia dos filhos.
O ex-comissário citou ainda a participação do marido da governadora, Todd Palin, que alegava ter fotos do soldado andando de snowmobille enquanto estava sob licença para tratar uma lesão nas costas. O quiroprata de Wooten escreveu para liberá-lo para tal atividade.
Na noite de anteontem, após a Justiça ter dado o sinal verde para a reunião, a campanha de John McCain divulgou um dossiê em defesa de Palin. O texto diz que a demissão foi por discordâncias políticas e orçamentárias com Monegan.
A versão não emplacou entre os legisladores do Alasca. "A governadora Palin permitiu conscientemente que prosseguisse uma situação inadmissível em que houve pressão sobre vários subordinados em prol de um desígnio pessoal", diz o texto.

Com agências internacionais



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