São Paulo, segunda-feira, 11 de novembro de 2002

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ORIENTE MÉDIO

Brigadas de Al Aqsa assumem ação contra fazenda coletiva; Israel, em resposta, ataca Gaza, sem deixar vítimas

Ataque de palestinos a kibutz mata cinco

DA REDAÇÃO

Atiradores palestinos mataram ontem ao menos cinco pessoas, sendo duas crianças, no kibutz (fazenda coletiva) Metzer, no norte de Israel, horas após suicidas se explodirem na mesma área, perto da fronteira com a Cisjordânia, sem deixar vítimas. Os terroristas ainda não foram localizados.
O grupo extremista Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ligado ao Fatah (facção política do líder palestino Iasser Arafat), assumiu o ataque. Em resposta, helicópteros israelenses dispararam ao menos oito mísseis na cidade de Gaza. O principal alvo foi uma fundição, que estava vazia.
Segundo testemunhas, os terroristas invadiram o kibutz e começaram a disparar nas pessoas que deixavam o refeitório e rumavam para os alojamentos. Em seguida, entraram em uma das casas e começaram a atirar. Todos os moradores ficaram confinados em suas casas. Não se sabe quantas pessoas participaram do ataque.
"A máquina de terror palestina não perde uma oportunidade de atacar", disse David Baker, assessor do premiê Ariel Sharon.
A ANP (Autoridade Nacional Palestina) não comentou a ação.
No início do dia, dois palestinos se explodiram dentro do carro em que estavam ao serem abordados por policiais israelenses em posto de controle. Os dois tinham explosivos presos aos corpos. Os policiais ficaram ilesos.

Fatah e Hamas
Integrantes do Fatah e do grupo extremista Hamas iniciaram ontem um diálogo no Cairo (Egito) para "unir a frente palestina". O encontro é o primeiro entre as duas facções palestinas, cujas relações estavam tensas, desde 1995. O objetivo do encontro é convencer o Hamas a abdicar do uso dos atentados suicidas.
O Likud, de Sharon, marcou para 28 de novembro a data para escolher o líder do partido. Quem receber a indicação será o escolhido como primeiro-ministro em caso de vitória nas eleições gerais de Israel no fim de janeiro. Os candidatos são Sharon e o ex-premiê Benjamin Netanyahu, atualmente chanceler.


Com agências internacionais



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