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GUERRA SEM LIMITES
Cerca de 5.000 militares são enviados para Meca; EUA dizem que Al Qaeda quer derrubar monarquia
Após ataque, sauditas reforçam segurança
DA REDAÇÃO
A Arábia Saudita reforçou a segurança em Riad, em Meca e em
outras cidades para evitar novos
atentados. A medida foi tomada
após ataque terrorista matar 18
pessoas no fim de semana.
Em meio a novos alertas de possíveis ataques, o subsecretário de
Estado dos EUA Richard Armitage disse que a Al Qaeda quer derrubar a família real saudita, tradicional aliada de Washington. A
rede terrorista é acusada de ter cometido o atentado deste fim de semana e outro em maio, no qual
morreram 35 pessoas, incluindo
nove suicidas.
"Está claro, para mim, que a Al
Qaeda pretende derrubar a família real e o governo da Arábia Saudita", disse Armitage no Egito. Segundo ele, as autoridades sauditas
estão agindo para melhorar a situação e impedir novos ataques.
Para Meca, foram enviados
5.000 homens. A cidade é considerada o local mais sagrado para
os muçulmanos. Na semana passada, a polícia saudita realizou
uma série de ações em Meca para
combater células terroristas supostamente ligadas a Al Qaeda
que estariam planejando ataques.
Nos próximos dias, a expectativa é de que 2,5 milhões de fiéis visitem Meca em peregrinação para
celebrar o fim do Ramadã -mês
sagrado para os islâmicos. Desse
total, 80% vêm do exterior.
Um contingente inferior de militares foi enviado para Medina, a
segunda cidade mais sagrada para
os muçulmanos. A cidade também deve receber dezenas de milhares de peregrinos.
Em Riad, policiais e soldados estão fazendo a guarda de complexos residenciais onde vivem estrangeiros -alvos dos últimos
ataques. Blindados foram colocados nas entradas dos prédios, já
fortificados. Toda a região é monitorada e cercada por arame farpado.
A Embaixada dos EUA em Riad
e os consulados americanos ao redor da Arábia Saudita continuarão fechados por tempo ilimitado.
Porém as restrições à liberdade de
movimentação dos diplomatas e
de seus familiares foi relaxada.
O ministro do Interior da Arábia Saudita, príncipe Nayef, disse
que o reino não será mais abalado
por nenhum ataque e que os responsáveis pelos recentes atentados "serão pegos".
A Arábia Saudita tem ampliado
as suas operações de combate ao
terrorismo desde os atentados de
maio. Centenas de pessoas já foram detidas. A Chancelaria do
Canadá anunciou ontem que, entre os mortos, há um canadense.
Com agências internacionais
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