São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 2008

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COMBATE AO NARCOTRÁFICO

Mirando EUA, Calderón e Uribe defendem ações antidroga

DA REDAÇÃO

O presidente do México, Felipe Calderón, recebeu ontem na Cidade do México o colega colombiano, Álvaro Uribe, para trocar informações sobre políticas antidrogas. Ambos os governos estão em campanha para que a Casa Branca de Barack Obama não corte a verba de cooperação para o combate ao narcotráfico em 2009.
Uribe defendeu o trabalho dos dois governos conservadores no tema. Disse que, graças à "soma de apreensões de cocaína na Colômbia e no México", o preço da droga nos EUA subiu 66% entre 2007 e outubro de 2008.
O negócio da droga une intimamente os três países. Da Colômbia sai 90% da cocaína consumida nos EUA. A maior parte da droga passa pelo México, onde os chefões locais assumiram a distribuição do pó após o desmembramento dos cartéis colombianos. Hoje, os cartéis mexicanos controlam diretamente três quartos do mercado de drogas americano, o maior do mundo, e, acossados pelo governo Calderón, promovem uma onda de violência sem precedentes.
Os EUA já destinaram US$ 5 bilhões desde 2000 para o combate ao narcotráfico na Colômbia. Para o México, a previsão é destinar US$ 400 milhões para o país e vizinhos da América Central.
Nos dois casos, os democratas, que, além da Casa Branca, controlarão o Legislativo, apontam violações de direitos humanos como senões à ajuda. Mais: relatório da unidade de investigação do Congresso americano divulgado na semana passada mostrou que o Plano Colômbia não alcançou o objetivo de reduzir a produção de cocaína pela metade.
"Agi com toda prudência durante a campanha americana", disse Uribe anteontem num seminário promovido pelo ex-presidente mexicano Vicente Fox (2000-2006). O colombiano, que recebeu o republicano Jonh Mcain durante a disputa, defendeu a tradição bipartidária na cooperação.


Com agências internacionais


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