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Pequim rompe diálogo com dalai-lama
DE PEQUIM
Nenhuma concessão ao
dalai-lama será feita pela
China nas discussões sobre a
soberania do Tibete, informou ontem a agência estatal
Xinhua. "O diálogo com os
enviados do dalai-lama fracassaram", afirmou Zhu
Weiqun, representante do
governo nas negociações.
O encontro entre dois representantes do dalai-lama e
o governo aconteceu entre 31
de outubro e 5 de novembro.
O líder budista no exílio pede
uma "solução intermediária", reconhecendo a soberania da China sobre o Tibete,
mas com respeito à cultura e
às tradições locais.
"A unificação, a integridade territorial e a dignidade
nacional são os maiores interesses dos chineses. Nunca
faremos uma concessão",
disse Zhu, em anúncio transmitido ao vivo pela rede estatal CCTV. "O lado do dalai-lama tem toda a responsabilidade pelo fracasso."
Em março, violentos protestos explodiram na capital
tibetana, Lhasa, após repressão contra monges budistas
que pediam mais autonomia.
Mais de mil pessoas foram
presas e 55 tibetanos condenados a penas que vão de três
anos à prisão perpétua.
Pequim acusa o dalai-lama
de querer a criação de um
"Grande Tibete", que inclui
Províncias com grandes populações tibetanas, como
Qinghai e Gansu. "É um
quarto do território da China", disse Zhu.
"A servidão feudal deveria
ser restabelecida na China se
negócios culturais, educativos e religiosos ficassem nas
mãos dos tibetanos", afirmou. Zhu disse que o dalai-lama quer a retirada de grupos étnicos recentemente
instalados no Tibete.
Nos últimos anos, Pequim
estimulou a ida de milhares
de chineses da maioria han
para a Província separatista.
"Se o dalai-lama tiver poder
no Tibete, discriminação racial e segregação seriam inevitáveis".
(RJL)
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