São Paulo, quinta-feira, 11 de novembro de 2010

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Presidente quer islâmicos contra Al Qaeda

Em discurso na Indonésia, Obama defende uma aproximação dos EUA com o islã

Pablo Martinez Monsivais/Associated Press
Obama e sua mulher, Michelle, de véu, como presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono (centro), em Jacarta

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu apoio aos muçulmanos na luta contra a rede extremista Al Qaeda e prometeu esforço para uma relação melhor do Ocidente com o islã.
As declarações foram feitas em visita a Jacarta, na Indonésia -o país com a maior comunidade muçulmana no mundo (cerca de 90% da população de 240 milhões).
Obama esteve na principal mesquita da capital e fez discurso para estudantes da Universidade da Indonésia em que disse que o combate à Al Qaeda não é responsabilidade exclusiva dos EUA.
"Todos devemos vencer a Al Qaeda e seus seguidores. Eles não têm nenhum título de líderes de nenhuma religião, nem certamente de uma religião universal, como é o islã."
Ele enfatizou que a guerra dos EUA é contra a Al Qaeda e não contra o islã.
As declarações foram recebidas com ceticismo no Cairo, onde no ano passado Obama discursou sobre aproximação com o islã, prometendo um recomeço para o Oriente Médio.

ACORDO DE PAZ
Ontem, Obama fez referência ainda às tentativas americanas de solucionar o conflito entre israelenses e palestinos. Ele reconheceu que os avanços nessa questão "não foram tantos quanto eram necessários".
Ele aproveitou para mandar um recado à China, dizendo que "a democracia e o desenvolvimento se reforçam mutuamente", ainda que vozes nos países emergentes considerem a democracia um impedimento para a prosperidade.
Dois dias antes, o presidente havia apoiado a candidatura da Índia para uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU. Segundo analistas, a Índia é o único país do sul asiático que pode se contrapor à China como potência militar.
Obama usou um tom nostálgico nos discursos e lembrou da época de infância em que viveu na Indonésia. "Este país é parte de mim."


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