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Presidente quer islâmicos contra Al Qaeda
Em discurso na Indonésia, Obama defende uma aproximação dos EUA com o islã
Pablo Martinez Monsivais/Associated Press
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Obama e sua mulher, Michelle, de véu, como presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono (centro), em Jacarta
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu apoio aos
muçulmanos na luta contra a
rede extremista Al Qaeda e
prometeu esforço para uma
relação melhor do Ocidente
com o islã.
As declarações foram feitas em visita a Jacarta, na Indonésia -o país com a maior
comunidade muçulmana no
mundo (cerca de 90% da população de 240 milhões).
Obama esteve na principal
mesquita da capital e fez discurso para estudantes da
Universidade da Indonésia
em que disse que o combate à
Al Qaeda não é responsabilidade exclusiva dos EUA.
"Todos devemos vencer a
Al Qaeda e seus seguidores.
Eles não têm nenhum título
de líderes de nenhuma religião, nem certamente de
uma religião universal, como
é o islã."
Ele enfatizou que a guerra
dos EUA é contra a Al Qaeda
e não contra o islã.
As declarações foram recebidas com ceticismo no Cairo, onde no ano passado
Obama discursou sobre
aproximação com o islã, prometendo um recomeço para
o Oriente Médio.
ACORDO DE PAZ
Ontem, Obama fez referência ainda às tentativas americanas de solucionar o conflito entre israelenses e palestinos. Ele reconheceu que os
avanços nessa questão "não
foram tantos quanto eram
necessários".
Ele aproveitou para mandar um recado à China, dizendo que "a democracia e o
desenvolvimento se reforçam mutuamente", ainda
que vozes nos países emergentes considerem a democracia um impedimento para
a prosperidade.
Dois dias antes, o presidente havia apoiado a candidatura da Índia para uma vaga permanente no Conselho
de Segurança da ONU. Segundo analistas, a Índia é o
único país do sul asiático que
pode se contrapor à China como potência militar.
Obama usou um tom nostálgico nos discursos e lembrou da época de infância em
que viveu na Indonésia. "Este país é parte de mim."
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