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Prefeito de NY pode balançar atual corrida à Casa Branca
Michael Bloomberg não confirma, mas sinaliza estudar candidatura independente
Político tem uma fortuna estimada em US$ 13 bi; 63% dos nova-iorquinos dizem que ele tem de concluir seu mandato, afirma pesquisa
Larry W. Smith-7.jan.2008/Efe
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Bloomberg pediu estudos para avaliar popularidade nacional |
DA REDAÇÃO
Enquanto índices vexatórios
de votos nas prévias em Iowa
(4%) e New Hampshire (9%) tiraram do ex-prefeito de Nova
York Rudolph Giuliani o favoritismo nacional pela indicação
republicana à Presidência dos
EUA, o atual prefeito da "Big
Apple" parece se manter no páreo mesmo sem lançar uma
candidatura.
Especulações sobre a eventual entrada do bilionário Michael Bloomberg, 65, na disputa enchem páginas dos principais jornais americanos; ele
não confirma nada, mas conduz pesquisas pelo país para
testar sua popularidade.
Mesmo sem declarações públicas, há sinais fortes de uma
candidatura independente em
estudo. Na última segunda-feira, Bloomberg fez uma reunião
com políticos democratas e republicanos que estão frustrados com os rumos das campanhas atuais em seus partidos. O
"Financial Times" afirma que
os organizadores do encontro
indicaram que poderiam
apoiar um independente.
O jornal afirma ainda que o
principal conselheiro político
de Bloomberg sugeriu que ele
poderá adiar a decisão até as
primárias no Texas, em março.
"Há pouca indicação de que
eleitores comuns dediquem
atenção a uma candidatura de
Bloomberg. Mas sua enorme
fortuna e disposição para gastá-la o tornam alguém que não pode ser ignorado", afirmou ontem o "New York Times".
O prefeito, que já pertenceu
ao partido democrata mas conquistou seu primeiro mandato
em Nova York como republicano em 2001 -e se tornou independente em 2007-, tem uma
fortuna estimada em US$ 13 bilhões. Segundo o "Financial Times", ele "pode se dar ao luxo
de adiar a decisão até que se defina quem concorrerá".
A indecisão, porém, pode
prejudicá-lo ao irritar o eleitorado. Uma pesquisa recente da
Universidade de Quinnipiac,
citada pelo "Times", aponta
que 61% dos cidadãos de Nova
York dizem que Bloomberg
tem uma "obrigação moral" de
continuar na prefeitura até o final de seu segundo mandato
-ele foi reeleito em 2005 e tem
73% de aprovação atualmente.
Derrapada
A revista britânica "The Economist" afirmou neste mês que
a "derrapada" de Giuliani na
disputa republicana pode favorecer Bloomberg. O ex-prefeito
está hoje em terceiro lugar entre os republicanos em pesquisas de intenção de voto nacionais, atrás de John McCain e
Mike Huckabee. Segundo uma
pesquisa divulgada ontem pela
CNN, Giuliani tem 18% da preferência entre os republicanos,
uma queda de seis pontos desde dezembro. McCain lidera
com 34% -21 pontos a mais do
que na pesquisa anterior-, seguido por Huckabee, com 21%.
Entre os democratas, Hillary
Clinton mantém a dianteira,
com 49%. Barack Obama alcançou 34% e o senador John Edwards, 12%. A pesquisa foi feita
entre 9 e 10 de janeiro e tem
margem de erro de três pontos
em qualquer direção.
Ao que tudo indica, em no
máximo oito semanas os americanos terão a resposta sobre a
candidatura de Bloomberg. Antes disso, porém, a "Economist" sugere Bloomberg faz
bem ao esperar até que o cenário eleitoral se defina. "Se [a senadora por Nova York] Hillary
Clinton e Giuliani forem escolhidos por seus partidos, não
haverá muito espaço para outro nova-iorquino na disputa.
Mas se os partidos escolherem
um populista, como Mike Huckabee ou John Edwards,
Bloomberg pode ver uma oportunidade para um pragmático
de centro", diz a revista.
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