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Segurança fecha Bogotá para hóspede
DO ENVIADO À COLÔMBIA
Nas primeiras horas do
dia, um dos chefes do serviço decreto norte-americano ligou para sua central
de despachos, nos EUA,
recitou a senha do dia e recebeu as instruções. A passagem de horas de Bush
pela capital colombiana
era a missão mais perigosa
de seu time de cerca de
250 homens que acompanham a viagem.
A eles se juntou um efetivo colombiano de 21 mil
soldados para proteger seu
hóspede. Grande parte de
Bogotá foi fechada, assim
como os 15 quilômetros
que separam a base militar
em que Bush aterrissou do
palácio presidencial. A exceção eram policiais postados a cada dez metros e
cerca de 30 franco-atiradores pelo caminho.
A proteção atingia perímetro de sete quilômetros
do percurso de Bush. Até
as ciclovias de Bogotá foram fechadas. Na véspera,
cinco morteiros haviam sido localizados em bairros
populares e desmontados
pelo Exército. Além disso,
há a situação dos reféns
norte-americanos.
Em fevereiro de 2004,
um avião monomotor caiu
nas montanhas ao sul de
Bogotá. Dentro deles estavam Marc Gonsalves, Tom
Howes e Keith Stansell,
que realizavam um vôo de
observação a serviço do
Departamento de Defesa
dos EUA. Foram capturados pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia), grupo marxista que, como os paramilitares de direita, tira parte
de sua renda de seqüestros
e narcotráfico.
Os reféns continuam em
poder do grupo, presume-se que ainda vivos. Enquanto Bush se reunia
com Uribe, havia rumores
de que uma operação militar conjunta entre as Forças Armadas locais e as dos
EUA poderia estar em curso para libertá-los.
Segundo a lei norte-americana, em tempos de
paz, militares dos EUA só
podem participar de ações
em países estrangeiros como convidados das forças
locais. É o que estaria
acontecendo neste momento. Ontem, Bush tocou no assunto, escolhendo as palavras. "Estou
preocupado com a segurança deles, realmente
preocupado com suas famílias", afirmou. Mas não
quis confirmar o plano:
"Discuti o assunto com o
presidente Uribe, que está
desenvolvendo estratégias
para capturá-los a salvo".
Nas ruas que ainda restavam abertas, cerca de
5.000 manifestantes protestaram contra a visita.
Cerca de 200 entraram em
choque com a polícia, que
os recebeu com jatos de
água e golpes de cassetete.
A maioria foi detida.
(SD)
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