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Tikrit torna-se último alvo de peso
DA REDAÇÃO
Combatentes curdos e forças
especiais norte-americanas completaram ontem a tomada do norte do Iraque ao entrarem, sem enfrentar resistência, em Mossul, a
mais importante cidade da região.
A queda de Mossul deixa Tikrit,
cidade natal de Saddam Hussein,
como último alvo significativo em
território iraquiano a ser ocupado
pela coalizão anglo-americana.
Exceto por bolsões de resistência em distritos de Bagdá e regiões
como Qaim (nordeste), as defesas
do regime iraquiano ruíram, em
não mais que 22 dias, diante do
poderio militar dos EUA. "O
Exército iraquiano não existe
mais como corpo organizado",
disse o general Vincent Brooks,
porta-voz do comando militar.
Segundo Brooks, oficiais da 5º
Corpo do Exército iraquiano, encarregado da defesa de Mossul,
assinaram cessar-fogo com as tropas dos EUA. A CNN exibiu imagens de centenas de homens, supostamente combatentes, a maioria a pé, sem armas, trajando roupas civis, caminhando pelas estradas da região em direção ao sul.
A tomada de Mossul ocorreu
um dia depois de os curdos (e
membros de forças especiais dos
EUA) terem assumido o controle
de Kirkuk, o centro da indústria
petrolífera do Iraque. Ontem, de
acordo com os EUA, os guerrilheiros cumpriram a promessa de
deixar Kirkuk, a tradicional capital dos curdos. Fronteiriça ao norte do Iraque, a Turquia reivindicou aos americanos que não permitissem aos curdos continuarem na cidade. O temor é de que a
minoria curda que vive em território turco deflagre um movimento de independência.
Forças de coalizão destruíram
cinco pequenos aviões (que poderiam ser usados para fugas) em
Tikrit. Com apenas 28 mil habitantes, a cidade abriga um dos
mais sofisticados palácios de Saddam -no qual, estariam instaladas rotas de túneis e abrigos antiaéreos. A cidade também era
considerada um dos mais importantes centros de poder do partido Baath. Assessores próximos de
Saddam e mesmo guarda-costas
do ex-ditador eram recrutados lá.
Há semanas, por meio de bombardeios, os EUA tentam eliminar
as posições da Divisão Adnan da
Guarda Republicana, encarregada de defender Tikrit. Segundo
um enviado da "Newsweek", soldados e paramilitares permaneciam na cidade e destruíram uma
ponte sobre o rio Tigre.
Mas outros combatentes, relatava o repórter, simplesmente
abandonaram seus postos. Isso
teria criado uma perímetro "sem
lei" no qual guerrilheiros curdos
estariam atacando vilarejos.
Na noite de ontem, o diário
Washignton Post, citando fontes
da inteligência norte-americana,
informou que Tikrit não tinha
mais nenhuma linha de defesa do
Exército iraquiano.
Tropas da coalizão enfrentaram
dura resistência em Qaim, na
fronteira com a Síria, considerada
outra das rotas de fuga. Membros
das forças especiais dos EUA
atuavam na região à procura de
membros do regime de Saddam.
Com agências internacionais
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