ROBERTO DIAS
DE NOVA YORK

O movimento pacifista dos EUA vai às ruas hoje para mostrar uma nova face, no primeiro grande protesto após a tomada de Bagdá pelas tropas anglo-americanas.
A principal manifestação acontecerá em Washington, onde o grupo International Answer focará sua mensagem no slogan "ocupação não é libertação", um apelo para que os militares dos EUA deixem o território iraquiano.
Ao mesmo tempo, os pacifistas dizem temer os próximos passos do governo, sobretudo a hipótese de uma nova guerra, contra Síria ou Irã. "O plano do governo Bush para dominação do mundo baseia-se na fantasia da direita, do movimento neoconservador e dos ladrões corporativos de que o poder militar sozinho é o árbitro na política global", diz a Answer.
No protesto de hoje, a marcha irá passar por instituições do governo americano, órgãos da mídia e empresas com interesses específicos nesta guerra.
Estão previstas também manifestações em Los Angeles, San Francisco e outras cidades.
Também em dezenas de cidades nos cinco continentes, grupos que haviam programado para hoje protestos simultâneos como os que ocorreram em 15 de fevereiro e 15 de março afirmaram que irão manter as manifestações, mas concentrando-se na questão da ocupação americana no Iraque.
O grupo britânico Stop the War Coalition, por exemplo, fará uma passeata em Londres sob o slogan "Parem com a ocupação".
O Comitê São Paulo contra a Guerra também decidiu manter a manifestação contra a guerra para "exigir a retirada imediata das tropas invasoras e defender o direito à autodeterminação do povo iraquiano".


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