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PERU
Ferrovia de acesso às ruínas incas foi desobstruída ontem
Turistas isolados por chuvas em Machu Picchu já estão a salvo
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma avalancha provocada pelas fortes chuvas que caíram no
sudeste do Peru interrompeu, no
sábado, a via férrea que dá acesso
às ruínas incaicas de Machu Picchu, o que deixou cerca de 1.500
turistas estrangeiros isolados.
Cerca de 500 turistas foram
transportados em helicópteros
particulares e da polícia à localidade próxima de Ollantaytambo.
Outros caminharam por um
trecho de pouco mais de 1 km e,
em seguida, embarcaram em ônibus. Finalmente, um terceiro grupo deixou o local após o restabelecimento do tráfego ferroviário, já
no final do dia.
A Embaixada do Brasil em Lima
disse que a defesa civil não chegou
a levantar a nacionalidade das
pessoas que estavam no local.
Mas recebeu a informação de que
não havia estrangeiros entre os
soterrados nas 15 casas atingidas
na localidade de Águas Calientes,
com cerca de 4.000 moradores,
que fica no sopé da montanha onde Machu Picchu está situada.
A diplomata brasileira Alexandra Vinhas disse que desabamentos são relativamente comuns entre outubro e maio, meses de chuvas mais intensas na região dos
Andes peruanos. Só neste ano, turistas ficaram por duas vezes bloqueados na cidade incaica.
Machu Picchu é visitada anualmente por meio milhão de pessoas. Está situada a 2.560 metros
acima do nível do mar e é um dos
sítios arqueológicos mais importantes do período pré-colombiano de toda a América Latina.
A cidade foi provavelmente um
santuário do imperador inca Pachacutec.
Antes da reabertura da via férrea, os turistas sitiados foram levados por via aérea até Ollantaytambo, vilarejo situado no Vale
Sagrado e onde também há importantes ruínas incas. De lá, seguiram de ônibus até Cuzco, a antiga capital do império inca e
atualmente o principal destino turístico do Peru.
A Peru Rail, empresa que administra a ferrovia que dá acesso às
ruínas, anunciou por volta do
meio-dia que os 200 metros de trilhos bloqueados seriam limpos e
liberados ao tráfego com certa rapidez. Foi o que aconteceu.
A defesa civil disse ter a confirmação de apenas uma morte. No
sábado, uma das prefeituras da
região informara que elas seriam
seis. O número final é incerto, já
que podem haver outras vítimas
ainda soterradas.
O governador de Cuzco, Carlos
Cuaresma, disse ontem que três
feridos estavam hospitalizados e
que um quarto havia sido transportado para a cidade.
Com agências internacionais
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