São Paulo, terça-feira, 12 de abril de 2011

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Emergentes têm de conter aquecimento, afirma o FMI

Cenário é "bom demais" para não agir, diz Fundo

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

O FMI alertou que as condições econômicas dos países emergentes estão "boas demais" e que não se pode esperar para implementar ações contra o perigo de superaquecimento, que elevaria o risco de virada negativa.
Paralelamente, o Fundo reviu para cima a projeção de crescimento dos países latinos e caribenhos -de 4,3% para 4,7% neste ano e de 4,1% para 4,2% em 2012. A revisão foi divulgada no mais recente relatório "Projeções para a Economia Mundial".
"Há um histórico de países demorando demais para fazer algo [sobre os riscos]", disse Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI. "Não é crítica, é um conselho."
Para o Fundo, as mesmas condições que impulsionam o crescimento dos emergentes no curto prazo -alta nas commodities e entrada de capitais- podem prejudicá-lo no médio prazo, criando bolhas de crédito e demanda.
No caso do Brasil, o FMI manteve a mesma projeção de crescimento: 4,5% para este ano e 4,1% para 2012. Além de repetir o mantra contra o superaquecimento, o texto menciona com preocupação a alta real do crédito no país, de 10% a 20%/ano.
O FMI diz também que o boom da economia brasileira funciona como condição de risco para o subcontinente, e uma desaceleração abrupta poderia afetar toda a região.
O documento também critica o G20 e os EUA. O grupo das 20 maiores economias, diz o Fundo, afasta-se de suas metas de reduzir deficits e afrouxa políticas fiscais.
Já os EUA, segundo o FMI, precisarão, devido ao seu deficit, apoiar-se nas exportações por toda uma década para se recuperarem. A projeção de crescimento para este ano caiu de 3% para 2,8%.


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