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Emergentes têm de conter aquecimento, afirma o FMI
Cenário é "bom demais" para não agir, diz Fundo
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
O FMI alertou que as condições econômicas dos países emergentes estão "boas
demais" e que não se pode
esperar para implementar
ações contra o perigo de superaquecimento, que elevaria o risco de virada negativa.
Paralelamente, o Fundo
reviu para cima a projeção de
crescimento dos países latinos e caribenhos -de 4,3%
para 4,7% neste ano e de
4,1% para 4,2% em 2012. A
revisão foi divulgada no mais
recente relatório "Projeções
para a Economia Mundial".
"Há um histórico de países
demorando demais para fazer algo [sobre os riscos]",
disse Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI. "Não
é crítica, é um conselho."
Para o Fundo, as mesmas
condições que impulsionam
o crescimento dos emergentes no curto prazo -alta nas
commodities e entrada de capitais- podem prejudicá-lo
no médio prazo, criando bolhas de crédito e demanda.
No caso do Brasil, o FMI
manteve a mesma projeção
de crescimento: 4,5% para
este ano e 4,1% para 2012.
Além de repetir o mantra
contra o superaquecimento,
o texto menciona com preocupação a alta real do crédito
no país, de 10% a 20%/ano.
O FMI diz também que o
boom da economia brasileira
funciona como condição de
risco para o subcontinente, e
uma desaceleração abrupta
poderia afetar toda a região.
O documento também critica o G20 e os EUA. O grupo
das 20 maiores economias,
diz o Fundo, afasta-se de
suas metas de reduzir deficits
e afrouxa políticas fiscais.
Já os EUA, segundo o FMI,
precisarão, devido ao seu deficit, apoiar-se nas exportações por toda uma década
para se recuperarem. A projeção de crescimento para este
ano caiu de 3% para 2,8%.
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