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Por omissão de juiz, terrorista é libertado
DA REDAÇÃO
Um marroquino indiciado pelos atentados aos trens de Madri,
na Espanha, em março de 2004,
foi libertado da prisão por causa
da omissão do juiz em um mero
trâmite legal.
A juíza substituta Teresa Palacios teve de colocar Saed el Harrak em liberdade provisória porque o juiz titular do caso, Juan del
Olmo, esqueceu de solicitar a
prorrogação de sua prisão preventiva. O promotor da causa
também não fez o pedido.
Pela lei espanhola, a detenção de
um indiciado sem julgamento
tem um limite de dois anos. A juíza substituiu Del Olmo, que está
de licença médica, hospitalizado
por uma cirurgia em um olho.
Para evitar a fuga do acusado, a
juíza Palacios determinou que ele
se apresente diariamente, de manhã e à tarde, no tribunal. Seu
passaporte foi confiscado, e ele está proibido de deixar Madri. Há
um dispositivo policial para
acompanhar El Harrak.
A promotoria pede como pena
dez anos de prisão por cumplicidade para o marroquino.
Saed el Harrak foi preso em 6 de
maio de 2004 em Parla, na periferia de Madri. Seu nome e telefone
constavam em um bilhete encontrado no apartamento onde se
suicidaram sete dos organizadores dos atentados.
No bilhete, junto a seu nome,
estava escrito "amigo, pessoa a
que se pode ligar". Ligações foram
feitas de seu celular a alguns dos
terroristas nos dias seguintes aos
atentados. As explosões nos trens
de Madri mataram 191 pessoas e
deixaram mais de 1.500 feridas.
Com agências internacionais
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