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São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2003

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PAZ SOB ATAQUE

Presidente pede a "todos do mundo livre" que ajudem a salvar o novo plano e combatam grupos como o Hamas

Bush condena terror e apela por ajuda

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, condenou o ataque terrorista de ontem em Jerusalém e pediu que todos "do mundo livre" ajudem a salvar o plano de paz israelo-palestino.
"Peço a todos do mundo livre, aos países que amam a paz, que não apenas condenem os assassinatos, mas que usem todas as suas forças para prevenir que isso aconteça novamente no futuro. Está claro que há pessoas no Oriente Médio que odeiam a paz", disse o presidente.
Segundo Bush, "todas as pessoas do mundo que querem ver a paz no Oriente Médio devem lutar contra o terrorismo e cortar o financiamento de organizações como o Hamas para tentar isolar aqueles que desejam matar para impedir que a paz siga adiante".
Após a guerra no Iraque, a paz entre israelenses e palestinos se tornou a principal prioridade de Bush em política externa. O presidente jogou todo o seu peso político em viagem ao Oriente Médio na semana passada, na qual conseguiu apoio dos países árabes ao novo plano de paz israelo-palestino e um compromisso dos premiês israelense, Ariel Sharon, e palestino, Abu Mazen, de que cumpririam as determinações do plano, proposto conjuntamente por EUA, União Européia, ONU e Rússia, o chamado Quarteto.
Anteontem, Bush criticou Israel em tom mais duro do que o habitual pelo ataque contra um dos principais líderes do Hamas. Segundo o presidente, a ação não contribui para a plano de paz nem para a segurança israelense.
O porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, disse que o presidente quer que Sharon e Mazen "voltem a tratar da paz".
O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, disse que o compromisso do governo Bush com a paz não foi alterado. "Este é o momento de nos mantermos leais [à paz], para continuarmos nos movendo no caminho que foi definido em Ácaba", afirmou, em referência à cúpula entre Bush, Sharon e Mazen no balneário jordaniano, há oito dias, que relançou o processo de paz.
Antes relutante a se envolver no atoleiro israelo-palestino, Bush quer usar a força ganha com a vitória no Iraque para fazer avançar o processo de paz, atendo a pressões de europeus e árabes. Mas enfrenta resistência da ala mais dura de seu governo, da direita cristã e do poderoso lobby judaico a não pressionar o tradicional aliado Israel. Se o fizer, pode perder votos nas eleições de 2004.


Com agências internacionais


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