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PAZ SOB ATAQUE
Presidente pede a "todos do mundo livre" que ajudem a salvar o novo plano e combatam grupos como o Hamas
Bush condena terror e apela por ajuda
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, condenou o ataque terrorista de ontem em Jerusalém e
pediu que todos "do mundo livre" ajudem a salvar o plano de
paz israelo-palestino.
"Peço a todos do mundo livre,
aos países que amam a paz, que
não apenas condenem os assassinatos, mas que usem todas as suas
forças para prevenir que isso
aconteça novamente no futuro.
Está claro que há pessoas no
Oriente Médio que odeiam a
paz", disse o presidente.
Segundo Bush, "todas as pessoas do mundo que querem ver a
paz no Oriente Médio devem lutar contra o terrorismo e cortar o
financiamento de organizações
como o Hamas para tentar isolar
aqueles que desejam matar para
impedir que a paz siga adiante".
Após a guerra no Iraque, a paz
entre israelenses e palestinos se
tornou a principal prioridade de
Bush em política externa. O presidente jogou todo o seu peso político em viagem ao Oriente Médio
na semana passada, na qual conseguiu apoio dos países árabes ao
novo plano de paz israelo-palestino e um compromisso dos premiês israelense, Ariel Sharon, e
palestino, Abu Mazen, de que
cumpririam as determinações do
plano, proposto conjuntamente
por EUA, União Européia, ONU e
Rússia, o chamado Quarteto.
Anteontem, Bush criticou Israel
em tom mais duro do que o habitual pelo ataque contra um dos
principais líderes do Hamas. Segundo o presidente, a ação não
contribui para a plano de paz nem
para a segurança israelense.
O porta-voz da Casa Branca, Ari
Fleischer, disse que o presidente
quer que Sharon e Mazen "voltem
a tratar da paz".
O secretário de Estado dos EUA,
Colin Powell, disse que o compromisso do governo Bush com a paz
não foi alterado. "Este é o momento de nos mantermos leais [à
paz], para continuarmos nos movendo no caminho que foi definido em Ácaba", afirmou, em referência à cúpula entre Bush, Sharon e Mazen no balneário jordaniano, há oito dias, que relançou o
processo de paz.
Antes relutante a se envolver no
atoleiro israelo-palestino, Bush
quer usar a força ganha com a vitória no Iraque para fazer avançar
o processo de paz, atendo a pressões de europeus e árabes. Mas
enfrenta resistência da ala mais
dura de seu governo, da direita
cristã e do poderoso lobby judaico a não pressionar o tradicional
aliado Israel. Se o fizer, pode perder votos nas eleições de 2004.
Com agências internacionais
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