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São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2003

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Árabes culpam Israel, e Egito tenta trégua

DA REDAÇÃO

O chefe da inteligência egípcia, Omar Suleiman, foi enviado ontem aos territórios palestinos para tentar um cessar-fogo dos grupos terroristas. O Egito, país moderado aliado dos EUA, tenta uma trégua terrorista há semanas, sem sucesso.
O presidente do Egito, Hosni Mubarak, disse ter ficado chocado com o ataque israelense contra o líder do Hamas Abdel Aziz Rantissi, anteontem. "A política de ataques e contra-ataques irá minar o novo plano de paz", disse Mubarak, em declaração antes do atentado em Jerusalém.
A Liga Árabe culpou Israel pela escalada da violência no Oriente Médio. "Israel mais uma vez arrastou a região para um ciclo infernal de violência recíproca", disse um porta-voz ao comentar o atentado do Hamas.
O jornal estatal sírio afirmou que os ataques israelenses minaram "a confiança na possibilidade de atingir a paz na região.

ONU e Europa
"O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, condena nos mais duros termos o atentado suicida do grupo palestino Hamas", disse um porta-voz da entidade. "Esses ataques servem apenas para alimentar o ódio e a desconfiança."
O chefe da diplomacia da União Européia, Javier Solana, disse que a cúpula de Ácaba foi um sinal de esperança, mas "os extremistas estão tentando abortá-la".
O presidente da França, Jacques Chirac, e o premiê britânico, Tony Blair, fizeram declaração conjunta após encontro em Paris condenando o atentado em Jerusalém.
"Gostaríamos de expressar nosso horror e nossa indignação com o ataque terrorista em Jerusalém", disse Chirac. "Condenamos duramente esse ato desumano e inadmissível", acrescentou.
Blair disse que o objetivo desse atentado é minar qualquer possibilidade de paz. "E a nossa resposta deve ser a de continuar na direção da paz", afirmou o premiê.
Assim como os EUA, Blair pediu que todos os países tentem combater os fundos que financiam os grupos terroristas.


Com agências internacionais


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