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Árabes culpam Israel, e Egito tenta trégua
DA REDAÇÃO
O chefe da inteligência egípcia,
Omar Suleiman, foi enviado ontem aos territórios palestinos para
tentar um cessar-fogo dos grupos
terroristas. O Egito, país moderado aliado dos EUA, tenta uma trégua terrorista há semanas, sem
sucesso.
O presidente do Egito, Hosni
Mubarak, disse ter ficado chocado com o ataque israelense contra
o líder do Hamas Abdel Aziz Rantissi, anteontem. "A política de
ataques e contra-ataques irá minar o novo plano de paz", disse
Mubarak, em declaração antes do
atentado em Jerusalém.
A Liga Árabe culpou Israel pela
escalada da violência no Oriente
Médio. "Israel mais uma vez arrastou a região para um ciclo infernal de violência recíproca", disse um porta-voz ao comentar o
atentado do Hamas.
O jornal estatal sírio afirmou
que os ataques israelenses minaram "a confiança na possibilidade
de atingir a paz na região.
ONU e Europa
"O secretário-geral da ONU,
Kofi Annan, condena nos mais
duros termos o atentado suicida
do grupo palestino Hamas", disse
um porta-voz da entidade. "Esses
ataques servem apenas para alimentar o ódio e a desconfiança."
O chefe da diplomacia da União
Européia, Javier Solana, disse que
a cúpula de Ácaba foi um sinal de
esperança, mas "os extremistas
estão tentando abortá-la".
O presidente da França, Jacques
Chirac, e o premiê britânico, Tony
Blair, fizeram declaração conjunta após encontro em Paris condenando o atentado em Jerusalém.
"Gostaríamos de expressar nosso horror e nossa indignação com
o ataque terrorista em Jerusalém", disse Chirac. "Condenamos
duramente esse ato desumano e
inadmissível", acrescentou.
Blair disse que o objetivo desse
atentado é minar qualquer possibilidade de paz. "E a nossa resposta deve ser a de continuar na direção da paz", afirmou o premiê.
Assim como os EUA, Blair pediu que todos os países tentem
combater os fundos que financiam os grupos terroristas.
Com agências internacionais
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