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Militantes do Hamas são mortos por Israel em ataque
Kevin Frayer/Associated Press
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Parentes de militante do Hamas morto por ataque do Exército israelense ontem acompanham o seu funeral, na faixa de Gaza |
Grupo é contra referendo que propõe o reconhecimento do Estado israelense
O conflito recrudesceu após uma família palestina ser assassinada em Gaza, na sexta; primeiro-ministro disse estar arrependido
DA REDAÇÃO
Um helicóptero israelense
matou dois militantes palestinos do grupo terrorista Hamas
deixando outros três feridos. O
incidente ocorreu ontem, em
Gaza, depois que membros do
grupo islâmico feriram gravemente dois civis israelenses.
O Exército de Israel confirmou o ataque, afirmando que o
helicóptero lançou um míssil
logo depois de um homem ter
efetuado disparos no norte de
Gaza. Foram os primeiros
membros do Hamas mortos
por Israel desde novembro. Em
outro ataque realizado ontem,
um helicóptero disparou contra um carro que levava militantes do Hamas, que conseguiram escapar.
O ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, insinuou
ontem que Israel poderá começar a mirar integrantes do Hamas caso continue sendo alvo
de ataques. "Nenhuma organização ou status servirá de barreira para quem estiver envolvido no planejamento ou na
execução de ataques", afirmou.
Também ontem um palestino
foi morto em uma estrada que
liga Jerusalém à Cisjordânia
por atiradores palestinos, que
teriam confundido seu carro
com o de um israelense.
Assassinato
Os incidentes marcam o fim
de um cessar-fogo que já durava 16 meses e que foi cancelado
após o assassinato, por fogo israelense, de uma família palestina em uma praia em Gaza, na
sexta-feira. Ontem, primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, disse estar arrependido
pelo ocorrido.
Em entrevista à rede CNN,
ele disse que não faz parte da
política de Israel atacar inocentes, e que o incidente deve ser
visto dentro do contexto do
conflito entre israelenses e palestinos. No sábado, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, classificou o ataque como
um massacre desprezível.
Eleito em 2005, Abbas tem
como uma de suas principais
metas avançar nas negociações
de paz com Israel. Ele convocou um referendo para 26 de
julho para aprovar a fundação
de um Estado palestino que implica reconhecer o Estado de
Israel -coisa a que o Hamas,
vencedor das eleições legislativas de janeiro, quando obteve
maioria no Parlamento, se
opõe veementemente.
"Vamos propor que o Parlamento vote contra o referendo,
porque ele é ilegal", afirmou
ontem o representante legislativo do Hamas Yasser Mansour. Abbas, por outro lado, diz
que, pelas leis básicas da Autoridade Nacional Palestina, que
funcionam como uma Constituição local, ele tem o poder de
convocar o referendo.
O Hamas detém a maioria do
Parlamento desde março,
quando assumiu o poder após
derrotar nas urnas o partido de
Abbas, Fatah, que é o segundo
maior grupo do legislativo.
Com agências internacionais
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