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CONDUTA
Clinton ordenou pesquisa para verificar se há preconceito
EUA analisam se polícia pára ou detém "suspeitos" por racismo
RENATO FRANZINI
de Nova York
O presidente Bill Clinton iniciou
nesta semana uma ofensiva para
tentar acabar com critérios racistas usados por policiais dos EUA,
amparado por evidências cada vez
maiores de que isso acontece.
Na última quarta-feira, Clinton
ordenou que o governo inicie uma
pesquisa para determinar a raça e
o sexo das pessoas que são paradas
ou presas por policiais.
O objetivo é definir se os policiais
têm a tendência a acreditar que
uma pessoa é suspeita de ter cometido alguma ilegalidade simplesmente por sua raça.
"Isso é errado, é destrutivo e deve
parar", disse Clinton, que deu um
prazo de 60 dias para o início do
estudo de 120 dias de duração.
Apesar de ele medir apenas a
conduta de agentes federais (nas
alfândegas e em parques nacionais), Clinton disse esperar que isso incentive os Estados a passar a
coletar dados. A Carolina do Norte
já começou, e outros 11 Estados estão analisando leis a respeito.
O anúncio foi feito um dia depois
da condenação de um policial de
Nova York acusado de torturar um
imigrante negro.
A União Americana pelas Liberdades Civis divulgou um estudo
que mostra que negros e hispânicos têm mais chances de ser parados por policiais nas estradas do
que brancos. Um dos estudos (de
20 meses, numa estrada de Maryland) mostrou que, apesar de só
17% dos motoristas serem negros,
70% dos carros vistoriados eram
dirigidos por negros.
No dia 3 de junho, uma pesquisa
em 12 cidades do Departamento de
Justiça revelou que 24% dos negros não estão satisfeitos com a polícia -contra 10% de brancos.
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