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VISITA À POLÔNIA
João Paulo 2º
faz discurso
histórico no
Parlamento
das agências internacionais
João Paulo 2º pronunciou ontem na Polônia o primeiro discurso de um papa em um Parlamento na história. Ao final, foi
ovacionado tanto pelos deputados do Solidariedade, partido
com origem no sindicato de
mesmo nome que ajudou a
derrubar o regime comunista,
quanto pelos deputados do ex-Partido Comunista.
O papa pediu "iniciativas urgentes" para que a Europa não
seja ameaçada por "novas divisões" e pela perda dos valores
espirituais. Ele lembrou o papel
do Solidariedade na derrocada
do comunismo e destacou que
isso "pavimentou o caminho
da unidade européia".
Entre outros, estavam presentes no Parlamento o general
Wojciech Jaruzelski, que decretou a lei marcial no país em
1981 para suprimir o movimento anticomunista do Solidariedade, e Lech Walesa, fundador
do sindicato, que foi preso à
época. Ambos compareceram
como ex-presidentes.
O antigo líder do Solidariedade se recusou a apertar a mão
do presidente Aleksander
Kwasniewski, a quem ele já
acusou de "não ter estofo moral". Kwasniewski, que foi líder
comunista no país, é tratado
com simpatia pelo papa.
O rabino Menachem Joskowicz, sobrevivente do campo
de extermínio nazista de
Auschwitz, na Polônia, pediu
ao papa que "clamasse a seu
povo pela retirada da última
cruz do campo, para que os judeus que fossem ao local pudessem fazer suas preces antes
de morrer".
Centenas de cruzes colocadas
do lado de fora do campo por
um grupo católico extremista
foram retiradas pelo governo
polonês. Resta uma grande,
justamente a que o rabino pede
que seja também retirada.
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