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Blair inflou informações, dizem agentes
DA ASSOCIATED PRESS
Dois ex-membros da inteligência britânica disseram que o premiê Tony Blair superestimou o
que o Reino Unido sabia sobre o
arsenal iraquiano ao dizer, antes
da guerra, que o ex-ditador Saddam Hussein era uma ameaça
grave. Brian Jones, chefe do Serviço de Informações para a Defesa
(SID) até 2003, disse à TV BBC
que sua equipe não sabia se Saddam produziu alguma arma química ou biológica após a Guerra
do Golfo (1991).
"Havia uma presunção racional
de que poderia haver arsenais
proibidos restantes da Guerra do
Golfo", disse Jones. "Se havia produção nova, nós não a identificamos. Ninguém na equipe tinha
informação suficiente sobre isso."
Jones disse que a equipe expôs
suas reservas, mas ouviu que o
serviço secreto britânico tinha informações que não davam margem para dúvida. Ele disse nunca
ter tido acesso a esses dados.
Para John Morrison, vice-chefe
do SID até 1999, Blair pegou um
dossiê que afirmava que Saddam
"possivelmente tinha os meios"
para produzir armas proibidas e
concluiu que ele as fabricou, algo
que nenhum analista faria.
Na semana passada, Blair admitiu que nenhuma arma de destruição em massa foi achada no
Iraque e que poderia nunca o ser,
mas rechaçou a hipótese de que o
arsenal nunca tenha existido.
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