São Paulo, quinta-feira, 12 de agosto de 2004

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ORIENTE MÉDIO

Mortos são palestinos

Atentado à bomba mata 2 e fere 19 em Jerusalém

DA REDAÇÃO

Duas pessoas, ambas palestinas, morreram e 19 foram feridas quando uma bomba explodiu ontem entre dois postos de controle israelenses em uma movimentada estrada que liga Jerusalém a Ramallah (Cisjordânia).
O atentado, reivindicado pelo grupo terrorista Brigadas dos Mártires de Al Aqsa -braço armado do Fatah, grupo político ligado ao presidente de Autoridade Palestina, Yasser Arafat-, deixou feridos 13 palestinos, incluindo uma criança de quatro anos, e seis policiais israelenses, dos quais três estão em estado grave.
O grupo pediu desculpas pelas baixas palestinas e afirmou que o alvo eram as forças de segurança de Israel nos postos de controle de Qalandiya e A-Ram. A organização disse que o ataque foi "uma resposta à ocupação israelense na Cisjordânia e na faixa de Gaza" e ameaçou realizar mais atentados.
Segundo Israel, 20 kg de explosivos foram detonados por controle remoto por um terrorista que deixou uma sacola perto de um carro e saiu quando a polícia se aproximou. Um suspeito foi detido. Oficiais de segurança acreditam que a intenção do terrorista fosse realizar um atentado em Jerusalém, mas que ele teria deixado a sacola ao notar a presença das forças israelenses.
As Brigadas dos Mártires de Al Aqsa foram responsáveis por dezenas de atentados em Israel, entre eles um ataque à bomba em um ponto de ônibus de Tel Aviv, que deixou um morto e 32 feridos, o assassinato do árabe-israelense George Khoury, 20 -que foi confundido com um judeu-, o duplo atentado que matou dez no porto de Ashdod e um ataque praticado por um homem-bomba que matou oito e feriu 60 em Jerusalém -todos neste ano.
No começo da noite de ontem, forças israelenses cercaram a cidade de Jenin (Cisjordânia), suposta origem da bomba.
Em outro episódio, um helicóptero de Israel lançou um míssil em um campo de refugiados na faixa de Gaza, ferindo 15. O ataque ocorreu após palestinos armados enfrentarem forças israelenses que demoliam casas palestinas. Segundo médicos palestinos, a maioria dos feridos eram civis.

Ajuda européia
A União Européia afirmou que dará 1,4 milhão (US$ 1,71 milhão) para ajudar os palestinos que tiveram suas casas destruídas durante incursões das forças de segurança israelenses.
Israel, que acusa a UE de apoiar os palestinos, disse que destrói lugares usados como esconderijo para armas e para militantes.
A UE já deu 148 milhões aos palestinos desde o início da Intifada, em setembro de 2000. Anteontem, a unidade anti-fraude da Comissão Européia disse não ter sido achada nenhuma evidência de que a ajuda européia tenha sido usada para financiar atividades ilegais como o terrorismo.


Com agências internacionais


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