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ORIENTE MÉDIO
Mortos são palestinos
Atentado à bomba mata 2 e fere 19 em Jerusalém
DA REDAÇÃO
Duas pessoas, ambas palestinas, morreram e 19 foram feridas
quando uma bomba explodiu ontem entre dois postos de controle
israelenses em uma movimentada estrada que liga Jerusalém a
Ramallah (Cisjordânia).
O atentado, reivindicado pelo
grupo terrorista Brigadas dos
Mártires de Al Aqsa -braço armado do Fatah, grupo político ligado ao presidente de Autoridade
Palestina, Yasser Arafat-, deixou feridos 13 palestinos, incluindo uma criança de quatro anos, e
seis policiais israelenses, dos
quais três estão em estado grave.
O grupo pediu desculpas pelas
baixas palestinas e afirmou que o
alvo eram as forças de segurança
de Israel nos postos de controle de
Qalandiya e A-Ram. A organização disse que o ataque foi "uma
resposta à ocupação israelense na
Cisjordânia e na faixa de Gaza" e
ameaçou realizar mais atentados.
Segundo Israel, 20 kg de explosivos foram detonados por controle remoto por um terrorista
que deixou uma sacola perto de
um carro e saiu quando a polícia
se aproximou. Um suspeito foi
detido. Oficiais de segurança
acreditam que a intenção do terrorista fosse realizar um atentado
em Jerusalém, mas que ele teria
deixado a sacola ao notar a presença das forças israelenses.
As Brigadas dos Mártires de Al
Aqsa foram responsáveis por dezenas de atentados em Israel, entre eles um ataque à bomba em
um ponto de ônibus de Tel Aviv,
que deixou um morto e 32 feridos, o assassinato do árabe-israelense George Khoury, 20 -que
foi confundido com um judeu-,
o duplo atentado que matou dez
no porto de Ashdod e um ataque
praticado por um homem-bomba que matou oito e feriu 60 em
Jerusalém -todos neste ano.
No começo da noite de ontem,
forças israelenses cercaram a cidade de Jenin (Cisjordânia), suposta origem da bomba.
Em outro episódio, um helicóptero de Israel lançou um míssil em
um campo de refugiados na faixa
de Gaza, ferindo 15. O ataque
ocorreu após palestinos armados
enfrentarem forças israelenses
que demoliam casas palestinas.
Segundo médicos palestinos, a
maioria dos feridos eram civis.
Ajuda européia
A União Européia afirmou que
dará 1,4 milhão (US$ 1,71 milhão) para ajudar os palestinos
que tiveram suas casas destruídas
durante incursões das forças de
segurança israelenses.
Israel, que acusa a UE de apoiar
os palestinos, disse que destrói lugares usados como esconderijo
para armas e para militantes.
A UE já deu 148 milhões aos
palestinos desde o início da Intifada, em setembro de 2000. Anteontem, a unidade anti-fraude
da Comissão Européia disse não
ter sido achada nenhuma evidência de que a ajuda européia tenha
sido usada para financiar atividades ilegais como o terrorismo.
Com agências internacionais
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