Pais não estão sendo considerados suspeitos, diz ele

DA REDAÇÃO

Quatro dias após reportagem do jornal português "Diário de Notícias" afirmar, a partir de informações atribuídas a fontes policiais, que Madeleine McCann, 4, está morta desde o dia do seu desaparecimento, a polícia de Portugal confirmou que essa se tornou a principal hipótese nas investigações.
"Todas as linhas de investigação estão abertas, mas essa tem um pouco mais de intensidade", declarou o inspetor-chefe da polícia portuguesa, Olegário Sousa, em entrevista à TV britânica BBC.
Sousa disse também que os pais da menina, Gerry e Kate McCann, não são considerados suspeitos pela polícia. Na terça-feira, o "Diário de Notícias" também publicou que, a partir do monitoramento da troca de e-mails dos pais de Madeleine com parentes, eles estariam sendo investigados por suposto envolvimento no crime.
O casal respondeu anteontem que essas informações são "ofensivas". Na ocasião em que a criança desapareceu, na Praia da Luz, no Algarve, eles jantavam em um restaurante próximo ao quarto do resort onde a filha dormia. Com ela estavam outros dois filhos do casal, gêmeos de dois anos.
Também na semana passada, investigadores revelaram que material semelhante a sangue foi recolhido no quarto. O material está sendo avaliado por técnicos britânicos. Por enquanto, o único suspeito oficial no caso é Robert Murat, 33, britânico que mora perto do hotel em que estavam os McCann. Ele nega envolvimento.
O desaparecimento de Madeleine completou cem dias ontem. Uma missa foi celebrada na Praia da Luz, com a presença dos pais da menina. "Foram os cem dias mais duros na nossa existência", declarou Gerry. "Sigam conosco essa viagem de esperança", disse Kate.
No jogo de abertura da temporada da primeira divisão do futebol inglês, os jogadores entraram em campo com camisetas com fotos da criança. "[O desaparecimento] foi há 14 semanas e está bastante evidente que houve uma mudança na investigação", disse o pai de Madeleine. "Não estamos cientes do porquê disso."