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NY vive caos, com filas para doar sangue e estocar comida e dinheiro
DE NOVA YORK
DA REPORTAGEM LOCAL
A ilha de Manhattan entrou em
colapso ontem. No meio da tarde,
após a tragédia, as pessoas faziam
filas em hospitais para doar sangue. Nos bancos e supermercados
que ainda permaneciam abertos
os nova-iorquinos se aglomeravam para estocar comida e dinheiro. O vaivém lembrava cenas
de tempos de guerra.
Parte da população atendia a
um alerta do prefeito Rudolph
Giuliani, cujo escritório foi evacuado. Ele foi à TV: "Comprem
comida e vão para casa, para não
atrapalharem o trabalho dos
bombeiros e a circulação das ambulâncias. E rezem pelas vítimas".
Os ataques tiveram reflexo instantâneo no ritmo da cidade. Primeiro, as linhas telefônicas começaram a ficar congestionadas. Celulares e telefones públicos saíram
do ar. Em seguida, foi a vez de todas as linhas de metrô que passam pelo bairro (são 16) serem interrompidas. Com isso, as ruas foram tomadas por milhares de pedestres, e os ônibus não deram
conta da demanda súbita.
Assim, começaram a lucrar os
táxis, que passaram a cobrar por
fora, dobrando o preço. Mas eles
ficavam parados no tráfego -totalmente congestionado.
Por decisão da prefeitura, toda a
região que vai da rua Canal até o
Battery Park, no extremo sul da
ilha, teve o trânsito interrompido.
Pontes e túneis que servem a área
só voltam a funcionar hoje.
Também nesta área o comércio
parou de funcionar, atitude imitada por lojistas de outras regiões da
cidade. Todos os prédios públicos, federais, estaduais e municipais, foram evacuados.
Foi cancelado o primeiro turno
das eleições municipais, que
aconteceriam hoje e escolheriam
quais seriam o candidato democrata e o candidato republicano
que concorreriam à prefeitura.
(SD e SC)
Leia mais sobre os atentados nos EUA na Folha Online
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