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EUA tiram Coréia do Norte de "lista do terror"
"Todos os elementos de verificação que buscávamos foram aceitos", afirma Departamento de Estado norte-americano
Bush rotulou Pyongyang de
integrante do "eixo do mal"
depois do 11 de Setembro;
decisão não significa fim
das sanções a país asiático
DA REDAÇÃO
O governo americano removeu ontem a Coréia do Norte de
sua lista de países que patrocinam o terrorismo.
A medida, de acordo com o
Departamento de Estado, é um
desfecho da visita de um emissário dos EUA a Pyongyang no
início deste mês.
Sean McCormack, porta-voz
do Departamento de Estado
americano, enfatizou ontem
que "todos os elementos de verificação que os EUA buscavam
foram incluídos no pacote" firmado com a Coréia do Norte.
Ao fazer o anúncio, o funcionário citou algumas medidas
fiscalizatórias que serão implementadas, tais como visitas de
especialistas de cinco países às
instalações norte-coreanas,
inspeções da AIEA (Agência
Internacional de Energia Atômica), entrevistas com pessoas
que trabalham nelas e retirada
de amostras de solo para estudos do nível de radiação.
O presidente George W.
Bush decidiu remover o país da
lista -medida pouco popular
entre os republicanos conservadores, que a avaliam como
uma concessão ao regime ditatorial de Kim Jong-il e incentivo a outros rivais dos EUA, especificamente o Irã- só após
autoridades de Pyongyang permitirem a verificação de todas
suas atividades nucleares.
Após os atentados de 11 de
Setembro, o mandatário dos
EUA havia incluído a Coréia do
Norte no "eixo do mal", ao lado
do Irã e do Iraque.
A efetiva fiscalização das usinas era um entrave ao acordo
de desmantelamento das instalações nucleares norte-coreanas, costurado em fevereiro do
ano passado entre o país comunista, EUA, Coréia do Sul, Japão, China e Rússia. Pelo pacto,
em troca da desnuclearização, a
ditadura norte-coreana receberia vantagens materiais.
Em junho, Bush chegara a
anunciar que retiraria os norte-coreanos da lista, mas o atraso
na concretização da medida levou a recuo na cooperação de
Pyongyang, que voltou a produzir plutônio em setembro.
Na ocasião, os norte-coreanos determinaram a retirada
dos inspetores da AIEA, de
mais de uma centena de lacres
e de 25 câmeras que monitoravam a central de reprocessamento de combustível nuclear
de Yongbyon. Os comunistas
alegavam ter cumprido todas as
exigências para sua remoção da
"lista do terror".
Agora, a lista dos EUA de países patrocinadores do terrorismo inclui Síria, Sudão, Irã e Cuba. O efeito prático de um Estado ser incluído nesse rol é a imposição de uma série de sanções comerciais. No caso norte-coreano, apesar da remoção da
lista negra, ainda há medidas
punitivas comerciais.
Horas antes do anúncio em
Washington, foram divulgadas
na Coréia do Norte, pela primeira vez em quase dois meses,
fotos de Kim. Não foi dito
quando as imagens foram feitas, mas o ditador aparentava
estar bem, a despeito de relatos
de que ele passou recentemente por cirurgia no cérebro.
Com agências internacionais
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