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Bilionários utilizam filantropia para limpar imagem
DE SÃO PAULO
O criador da rede social Facebook, o americano Mark
Zuckerberg, doou, no fim de
setembro, US$ 100 milhões
para melhorar o sistema de
ensino da cidade de Newark.
Um blogueiro da "Forbes"
escreveu que foi "tranquilamente" o maior ato de filantropia vindo de alguém tão
jovem na história dos EUA.
O bilionário da rede social,
dono de uma fortuna de US$
6,9 bilhões, tem 26 anos.
Críticos da imprensa americana disseram que a real
motivação dos milhões não
foi a de fazer o bem.
Algumas horas depois do
anúncio da contribuição, o
filme "The Social Network"
(a rede social) obteve destaque em festival. Nele, o jovem é retratado como alguém que traiu amigos para
controlar o Facebook.
Zuckerberg tentou, segundo os críticos, evitar que sua
imagem fosse prejudicada.
Outro doador polêmico é o
financista George Soros, que
ficou conhecido por causar
pânico no mercado pelos
movimentos especulativos
feitos por seu fundo de investimentos.
Dos 793 bilionários que
existem no mundo, somente
14 fizeram doações que atingiram a casa do bilhão.
"Em alguns casos, o dinheiro dos filantropos é administrado pelo Banco Mundial. Esses recursos são aplicados na promoção de políticas sociais", disse à Folha a
ex-economista chefe do Banco Mundial Eliana Cardoso.
O perfil dos doadores mudou ao longo dos anos.
Quando a prática começou,
os endinheirados como
Henry Ford contribuíam
após a morte. Era comum
destinar, no testamento, um
valor para obras sociais.
A segunda geração de doadores envolve aqueles que se
interessaram pela filantropia
depois dos 50 anos, idade em
que acumularam valor expressivo na conta bancária.
Os jovens que já fizeram
dinheiro e realizam doações,
como Zuckerberg, constituem a atual geração.
(BT)
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