São Paulo, terça-feira, 12 de outubro de 2010

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Bilionários utilizam filantropia para limpar imagem

DE SÃO PAULO

O criador da rede social Facebook, o americano Mark Zuckerberg, doou, no fim de setembro, US$ 100 milhões para melhorar o sistema de ensino da cidade de Newark.
Um blogueiro da "Forbes" escreveu que foi "tranquilamente" o maior ato de filantropia vindo de alguém tão jovem na história dos EUA.
O bilionário da rede social, dono de uma fortuna de US$ 6,9 bilhões, tem 26 anos.
Críticos da imprensa americana disseram que a real motivação dos milhões não foi a de fazer o bem.
Algumas horas depois do anúncio da contribuição, o filme "The Social Network" (a rede social) obteve destaque em festival. Nele, o jovem é retratado como alguém que traiu amigos para controlar o Facebook.
Zuckerberg tentou, segundo os críticos, evitar que sua imagem fosse prejudicada.
Outro doador polêmico é o financista George Soros, que ficou conhecido por causar pânico no mercado pelos movimentos especulativos feitos por seu fundo de investimentos.
Dos 793 bilionários que existem no mundo, somente 14 fizeram doações que atingiram a casa do bilhão.
"Em alguns casos, o dinheiro dos filantropos é administrado pelo Banco Mundial. Esses recursos são aplicados na promoção de políticas sociais", disse à Folha a ex-economista chefe do Banco Mundial Eliana Cardoso.
O perfil dos doadores mudou ao longo dos anos. Quando a prática começou, os endinheirados como Henry Ford contribuíam após a morte. Era comum destinar, no testamento, um valor para obras sociais.
A segunda geração de doadores envolve aqueles que se interessaram pela filantropia depois dos 50 anos, idade em que acumularam valor expressivo na conta bancária.
Os jovens que já fizeram dinheiro e realizam doações, como Zuckerberg, constituem a atual geração. (BT)


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