São Paulo, terça-feira, 12 de outubro de 2010

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Gabinete israelense aprova referendo sobre colônias

Proposta de comitê ministerial ainda tem de passar pelo Parlamento para virar lei

MARCELO NINIO
DE JERUSALÉM

O governo israelense deu ontem sinal verde a um projeto de lei que exige um referendo para a cessão de territórios ocupados sob sua soberania.
A proposta foi aprovada durante uma reunião do comitê ministerial para assuntos legislativos e precisa ainda ser aprovada no Parlamento para virar lei. Ela se refere às áreas anexadas após a conquista por Israel na guerra de 1967, Jerusalém Oriental e colinas do Golã.
O projeto não inclui a Cisjordânia, mantida sob ocupação militar, onde não vigora a lei israelense. Mas dificultaria um acordo com a Síria, que exige o Golã de volta, e com os palestinos, que querem Jerusalém Oriental como capital de seu eventual futuro Estado independente.
Pelo projeto de lei, a consulta seria dispensada no caso de uma maioria de 80 votos em favor da cessão de territórios, de um total de 120 parlamentares.
Em Israel, a medida foi vista como mais uma jogada tática do premiê, Binyamin Netanyahu, a fim de agradar a maioria nacionalista de seu gabinete.
Em troca, ele estaria esperando o apoio da linha-dura para impor uma nova moratória sobre construções nos territórios ocupados e permitir o reinício das negociações com os palestinos.
Em discurso ontem na reabertura da Knesset (Parlamento), Netanyahu disse que congelaria as obras se os palestinos aceitassem reconhecer Israel como Estado judeu -ideia prontamente rejeitada pela liderança palestina.


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