São Paulo, quarta-feira, 12 de novembro de 2008

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Novo governo julgaria nos EUA os prisioneiros de Guantánamo

DA REDAÇÃO

Para cumprir a promessa de campanha de fechar a prisão de Guantánamo, o presidente eleito Barack Obama planeja processar e julgar nos EUA os detentos da base americana em Cuba, suspeitos de terrorismo.
Segundo o plano feito por assessores de Obama, parte dos detentos será libertada nos países onde foi presa e outra parte, julgada em tribunais criminais em solo americano, onde supostamente teria os direitos constitucionais respeitados.
Para isso, será preciso criar um novo sistema legal, que resolva como lidar com as informações confidenciais relativas a cada caso -muitos agentes da CIA (agência de Inteligência dos EUA) teriam, por exemplo, que revelar suas identidades e táticas de trabalho ao depor. Por enquanto, não se sabe como nem onde aconteceriam tais julgamentos.
Guantánamo abriga cerca de 250 detentos suspeitos de terrorismo, mas sem acusação formal contra eles. Muitos já deveriam estar livres, mas os EUA não encontram países dispostos a recebê-los. O fim da prisão, símbolo de desrespeito aos direitos humanos, foi uma das bandeiras eleitorais de Obama.
Seu plano, a princípio, foi defendido por especialistas dos partidos Democrata e Republicano, mas as críticas dos dois lados chegaram em seguida ao anúncio dos detalhes do projeto, na segunda-feira. Os democratas (partidários de Obama) se opõem à criação do novo sistema legal. Já os republicanos não querem os detentos nos EUA. O republicano John Cornyn citou uma lei, votada pelo Senado em 2007, que impede a ida dos presos de Guantánamo ao país. Obama, que é senador, não votou.
Enquanto isso, grupos de direitos humanos pressionam governos europeus a receber os prisioneiros de Guantánamo que seriam perseguidos em seus países de origem.


Com agências internacionais


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