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Novo governo julgaria nos EUA os prisioneiros de Guantánamo
DA REDAÇÃO
Para cumprir a promessa de
campanha de fechar a prisão de
Guantánamo, o presidente
eleito Barack Obama planeja
processar e julgar nos EUA os
detentos da base americana em
Cuba, suspeitos de terrorismo.
Segundo o plano feito por assessores de Obama, parte dos
detentos será libertada nos países onde foi presa e outra parte,
julgada em tribunais criminais
em solo americano, onde supostamente teria os direitos
constitucionais respeitados.
Para isso, será preciso criar
um novo sistema legal, que resolva como lidar com as informações confidenciais relativas
a cada caso -muitos agentes da
CIA (agência de Inteligência
dos EUA) teriam, por exemplo,
que revelar suas identidades e
táticas de trabalho ao depor.
Por enquanto, não se sabe como nem onde aconteceriam
tais julgamentos.
Guantánamo abriga cerca de
250 detentos suspeitos de terrorismo, mas sem acusação formal contra eles. Muitos já deveriam estar livres, mas os EUA
não encontram países dispostos a recebê-los. O fim da prisão, símbolo de desrespeito aos
direitos humanos, foi uma das
bandeiras eleitorais de Obama.
Seu plano, a princípio, foi defendido por especialistas dos
partidos Democrata e Republicano, mas as críticas dos dois
lados chegaram em seguida ao
anúncio dos detalhes do projeto, na segunda-feira. Os democratas (partidários de Obama)
se opõem à criação do novo sistema legal. Já os republicanos
não querem os detentos nos
EUA. O republicano John
Cornyn citou uma lei, votada
pelo Senado em 2007, que impede a ida dos presos de Guantánamo ao país. Obama, que é
senador, não votou.
Enquanto isso, grupos de direitos humanos pressionam
governos europeus a receber os
prisioneiros de Guantánamo
que seriam perseguidos em
seus países de origem.
Com agências internacionais
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