São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 2007

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Chanceler venezuelano chama John Negroponte de delinqüente

Diretor da Inteligência dos EUA disse que democracia na Venezuela está em risco

DA REDAÇÃO

O chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, chamou ontem o diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, John Negroponte, de "delinqüente".
Em seu depoimento anual à Comissão de Inteligência do Senado americano, na quinta-feira, Negroponte disse que a democracia na Venezuela estava sob risco por culpa do presidente Hugo Chávez e expressou preocupação por sua compra de armas.
Negroponte foi nomeado para ser o número dois do Departamento de Estado, a Chancelaria americana, como vice de Condoleezza Rice.
"Esse delinqüente não tem moral para falar da Venezuela", disse Maduro. "Chávez está na direção da democracia verdadeira e da justiça social".
No Senado, Negroponte acusou Chávez e o presidente boliviano, Evo Morales, de "tirar proveito da popularidade para minar a oposição e eliminar restrições a sua autoridade".
A troca de acusações entre EUA e Venezuela cresceu nesta semana, após o anúncio de estatização de empresas de telecomunicações e de energia venezuelanas. Várias delas têm investimento americano.
Dentro da reforma constitucional que Chávez pretende aprovar, uma nova cláusula exigiria a criação de conselhos de empregados nas empresas, que teriam direito à parte dos lucros e de participação acionária, segundo apurou o jornal "El Universal", de Caracas.

Contra o imperialismo
Hoje, chega a Caracas para visitar Chávez o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Aliado do venezuelano, ele também visitará Nicarágua e Equador, em uma turnê latino-americana. O iraniano quer visitar países que "lutam contra o imperialismo americano".
O presidente venezuelano voltou ontem da Nicarágua, onde foi à posse do presidente Daniel Ortega. Ele assinou quinze acordos entre os dois países com Ortega, que totalizam uma ajuda de US$ 600 milhões.
"Todo o petróleo que a Nicarágua precisa para os próximos 200 anos está na Venezuela", disse Chávez. Ele também perdoou uma dívida nicaragüense de US$ 31,8 milhões.


Com agências internacionais


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