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Xiitas querem Jaafari como premiê
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro interino
iraquiano, Ibrahim Jaafari, deve
ser confirmado como líder do novo governo, depois que o bloco
árabe-xiita o escolheu ontem.
Depois de semanas de disputas,
que expuseram divisões no maior
bloco do Parlamento, a Aliança
do Iraque Unido escolheu Jaafari,
que derrotou o economista pragmático Adel Abdul Mahdi por
apenas um voto.
A escolha ainda não é definitiva.
Como o maior bloco no Parlamento, os xiitas indicarão Jaafari
para ser primeiro-ministro. Ele
deve ser aprovado por maioria
simples no Parlamento, segundo
a Constituição iraquiana.
A decisão do bloco xiita pode
dar início a negociações sobre a
formação do novo governo, quase
dois meses depois das eleições
parlamentares, que foram realizadas em 15 de dezembro de 2005.
"As prioridades do novo governo serão as mesmas do anterior:
segurança, economia e reconstrução", disse Jaafari.
Árabes sunitas se opõem à escolha e alegam que milícias xiitas, ligadas a parceiros de Jaafari no governo, lideram esquadrões da
morte contra sunitas. O governo
de Jaafari negou as acusações.
Líderes curdos expressaram
preocupação com a escolha xiita.
O presidente iraquiano, Jalal Talabani, membro da coalizão curda,
disse que os curdos não irão
apoiar Jaafari se a Lista Nacional
Iraquiana, do antigo primeiro-ministro Ayad Allawi, não for incluída no governo.
Diversos xiitas se opõem a Allawi que, como Talabani, tem boas
relações com os Estados Unidos e
é favorável a um governo secular.
O parlamentar curdo Mahmoud Othman afirmou que os
curdos têm objeções a Jaafari porque ele teria excluído o grupo das
decisões de seu governo e não teria feito nada para devolver a cidade de Kirkuk aos curdos.
Incidentes
Vários atentados mataram pelo
menos três pessoas e feriram outras 22 em Bagdá e no norte da capital iraquiana ontem.
Entre as vítimas estava um funcionário do Ministério da Educação iraquiano.
Um dos advogados de Saddam
Hussein negou ontem que o ex-ditador faria greve de fome para
protestar contra a decisão do Alto
Tribunal Iraquiano de obrigá-lo a
comparecer a julgamento. A informação havia sido divulgada
por outro de seus advogados no
mesmo dia.
No sábado, os seqüestradores
da jornalista americana Jill Carroll estabeleceram o próximo dia
26 como último prazo para que
suas exigências sejam atendidas.
A jornalista, de 28 anos, foi seqüestrada no dia 7 de janeiro.
Com agências internacionais
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