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Acordo com coreanos tem versão preliminar
Pyongyang teria de desistir de arsenal nuclear
DO "NEW YORK TIMES"
Diplomatas reunidos em Pequim para negociar a suspensão do programa de desenvolvimento de um arsenal nuclear
norte-coreano elaboraram na
noite de ontem [manhã de hoje,
na capital da China] o esboço de
um acordo.
A informação é de um membro da delegação dos EUA -estão presentes também negociadores da Coréia do Sul, do Japão, da Rússia e da China, além
da Coréia do Norte.
"Achamos que é um excelente esboço", disse o enviado
americano, Christopher R. Hill,
subsecretário de Estado.
O acordo final poderia ser
anunciado ainda na manhã de
hoje, após os delegados em Pequim conseguirem o sinal verde de seus governos.
As perspectivas de um acordo -que o governo Bush acredita fará com que Pyongyang
abandone seu programa de armas nucleares-pareciam estar
se dissipando no domingo,
quando os norte-coreanos exigiram uma enorme remessa de
petróleo e energia elétrica antes que marcassem um cronograma para abandonar o programa nuclear. Ainda não foi
revelado nenhum detalhe do
esboço de ontem, mas é provável que tais demandas estejam
de algum modo contempladas.
Inspetores
Um resumo da proposta de
acordo que circulava em Washington ainda ontem deixava
claro que, mesmo que a Coréia
do Norte aceite dar os primeiros passos -quais sejam, lacrar
seu principal reator nuclear e
permitir que inspetores estrangeiros voltem a visitar o país-,
não há nenhum prazo específico para que Pyongyang desmonte nenhuma das armas nucleares ou se livre do combustível nuclear que produziu nos
últimos anos.
Essencialmente, o acordo esboçado parece estabelecer que
a Coréia do Norte não produzirá mais armas nucleares, mas
posterga a discussão sobre o
destino o material nuclear já
em posse dos norte-coreanos.
O resumo do acordo, do qual
o "New York Times" obteve cópia, convoca os seis países reunidos em Pequim a "criar grupos de trabalho para a implementação rápida e completa"
de um acordo, de setembro de
2005, pelo qual a Coréia do
Norte se compromete, em
princípio, a abandonar seu programa de armamento nuclear.
No resumo não havia menção
ao que os norte-coreanos ganhariam por desistir das armas
nucleares.
Qualquer acordo fechado
com a Coréia do Norte será inevitavelmente comparado ao
compromisso de 1994, firmado
com o governo americano do
democrata Bill Clinton. O presidente George W. Bush e a secretária de Estado dos EUA,
Condoleezza Rice, têm criticado esse acordo porque ele estabeleceu um congelamento das
atividades nucleares dos norte-coreanos que era facilmente reversível.
O acordo finalmente ruiu em
2002, e acredita-se que Pyongyang, a partir de então, converteu o combustível nuclear em
material bélico.
A Coréia do Norte fez seu primeiro teste de armamento nuclear em outubro do ano passado, mas obteve sucesso apenas
parcial.
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