São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 2011

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Obama deve trazer a família em sua 1ª visita ao Brasil

Presidente americano deve vir ao país acompanhado da mulher Michelle e das duas filhas, Sasha e Malia

Programa deve ser fechado em encontro do chanceler Antonio Patriota com a colega Hillary Clinton, dia 23

DO RIO

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, manifestou a vontade de trazer a família quando vier ao Brasil no final de março. A mulher, Michelle, e as filhas Malia, 12, e Natasha (Sasha), 9, devem acompanhá-lo.
"Estamos trabalhando com essa hipótese. Para nós é uma honra que ele considere o Brasil um país agradável para trazer a família", disse Tovar Nunes, porta-voz do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.
Obama é o primeiro presidente negro dos EUA, e o governo brasileiro firmou com Washington, no governo Lula, um acordo de combate à discriminação racial.
Nos EUA, a popularidade de Michelle é maior do que a do marido. Advogada formada numa universidade de elite (Princeton), ela atua na assistência a veteranos de guerra e em campanhas por uma alimentação saudável -plantou, por exemplo, uma horta na Casa Branca.
Também tem chamado a atenção pelo guarda-roupa, que mistura roupas de grife com modelos baratos, de marcas populares.
Obama deve visitar Brasília e Rio, mas o programa da visita não está fechado. Será discutido em encontro de Patriota com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, no dia 23.
O Itamaraty trata a visita como o "coroamento" da relação bilateral, apesar das divergências nos dois últimos anos sobre o programa nuclear do Irã, o golpe em Honduras e o acordo para o uso pelos americanos de bases na Colômbia.
Entre os temas caros ao Brasil estão o fórum bilateral de executivos empresariais, criado recentemente, e o relançamento da Rodada Doha da OMC (Organização Mundial do Comércio), parada desde 2008.
A vinda de Obama era esperada para 2010. Em telegramas da diplomacia americana vazados pela grupo WikiLeaks, essa possibilidade era tratada por autoridades do governo Lula com a Embaixada dos EUA.
Mas, depois de uma lua de mel em que Obama chamou Lula de "o cara" e o Brasil elogiou a posição conciliatória do americano na Cúpula das Américas de 2009, a relação esfriou.
O auge da crise ocorreu quando os EUA recusaram o acordo de troca de material nuclear iraniano intermediado pelos governos de Brasil e Turquia, em maio do ano passado. Os brasileiros envolvidos defendem que Obama incentivou o país a negociar, em carta enviada a Lula.
(CLAUDIA ANTUNES)


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