São Paulo, domingo, 13 de fevereiro de 2011

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mercado em cima da hora

China terá órgão para restringir investimento externo no país

Conselho avaliará se negócios ameaçam segurança nacional

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A China vai criar um conselho para avaliar se negócios de fusão e aquisição com capital estrangeiro ameaçam a segurança nacional.
A nova regulação, que entra em vigor em março, é mais uma barreira burocrática para os negócios na China, país que atraiu US$ 105 bilhões em investimento estrangeiro direto em 2010 (mais que o dobro do Brasil).
Os investimentos estrangeiros em agricultura, energia, infraestrutura, transporte e setores de tecnologia, entre outros, podem estar sujeitos a revisão, de acordo com um comunicado publicado no site do governo.
O novo órgão parece uma resposta às restrições que os investimentos chineses têm sofrido no exterior.
O maior negócio frustrado foi a tentativa da petroleira Cnooc de comprar a americana Unocal por US$ 18,5 bilhões em 2005. A chinesa retirou a oferta após o Senado dos EUA se movimentar para bloquear o negócio por motivos de interesse nacional.
Mas Pequim também tem bloqueado acordos que não estejam conforme seus planos. A China rejeitou a oferta da Coca-Cola de US$ 2,4 bilhões pela maior empresa chinesa de sucos, a Huiyuan. O governo comunista também vem restringindo negócios no setor de aços.
Como a Folha noticiou em janeiro, o governo brasileiro também está preocupado com o avanço estrangeiro (principalmente chinês) sobre as jazidas minerais. Por isso, o novo marco regulatório da mineração terá mecanismos de restrição de capital internacional na exploração dos recursos naturais.


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