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IMPEACHMENT
Maioria da população se diz contrária à saída do presidente Roh
Crise política sul-coreana se agrava
DA REDAÇÃO
A crise política que levou ao impeachment do presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-hyun, anteontem não dá mostras de estar
cedendo. Parlamentares pró-Roh
ameaçaram renunciar a seus cargos, houve manifestações em várias cidades e na capital, Seul, cerca de 12.000 pessoas foram às ruas
protestar contra a decisão.
Duas diferentes pesquisas de
opinião pública apontaram que
70% da população não aprovou a
destituição do presidente. A Assembléia Nacional votou, por 193
a 2, o impeachment de Roh com
base em acusações de incompetência e de que o presidente violou a lei eleitoral ao fazer pronunciamentos favoráveis a um dos
partidos que disputam em abril
eleição parlamentar.
A decisão que tirou os poderes
de Roh não é definitiva. Cabe agora à Corte Constitucional do país
confirmar ou não, num prazo
máximo de 180 dias, o voto do
Parlamento.
O impeachment mergulhou a
Coréia do Sul num mar de incertezas. "O mundo olha para nós
com ansiedade e preocupação.
Devemos fazer nosso melhor para
transformar isso em confiança
em nosso país", disse o primeiro-ministro Goh Kun, que também
assumiu interinamente a Presidência.
Os mercados financeiros caíram. Hoje, militares sul-coreanos
e norte-americanos têm encontro
para discutir a questão da segurança -há 37 mil soldados dos
EUA estacionados no país.
O ministro das Relações Exteriores, Ban Ki-moon, em conversa telefônica com o secretário de
Estado norte-americano, Colin
Powell, garantiu que a saída de
Roh não vai alterar o rumo do governo sul-coreano. Ban disse a
Powell que não haverá mudança
na política de Seul em relação à
Coréia do Norte e que o governo
"manterá sua aliança estreita com
os EUA" -apesar do fato de que
Roh, que assumiu a Presidência
há pouco mais de um ano, ter sido
o líder sul-coreano que mais demonstrou independência em relação a Washington.
Com agências internacionais
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