São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2008

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EUA

Casa Branca nega divergência por renúncia de almirante

DA REDAÇÃO

A Casa Branca negou ontem que o presidente George W. Bush seria intolerante a opiniões contrárias dentro das Forças Armadas, depois do almirante William Fallon ter renunciado ao posto de chefe do Comando Central das Forças Armadas dos EUA -responsável pelo Oriente Médio, a Ásia Central e o Chifre da África.
Fallon deixou o governo por causa de divergências com a política do Pentágono em relação ao Irã terem vindo à tona. Artigo publicado pela revista "Esquire" na semana passada e intitulado "O Homem entre a Guerra e a Paz" mostra Fallon como uma voz sozinha contra planos de ações militares americanas para conter o programa nuclear iraniano.
Ontem, democratas, como o senador John Kerry, acusaram o governo Bush de "aposentar aqueles que dizem verdades inconvenientes".
Em coletiva de imprensa ontem, a porta-voz da Casa Branca Dana Perino negou as acusações. "Isso é absolutamente sem sentido porque o presidente Bush sempre promoveu um ambiente de debates saudáveis", disse.
Perino também reafirmou que os EUA têm previlegiado a diplomacia nos debates com o Teerã. Mas fez a ressalva de que "em se tratando do Irã, é crítico que a administração tenha uma só voz".
Fallon deixa oficialmente o cargo em 31 de março, quando será substituído por seu assessor, o tenente-general Martin Dempsey, até que um novo nome seja designado pelo presidente.
O almirante também defendia rápida retirada das tropas do Iraque, enquanto o Bush e o secretário da Defesa, Robert Gates, apóiam a proposta mais gradual do general David Petraeus, comandante das tropas no Iraque e subordinado de Fallon.
Na próxima semana, Petraeus divulga novo relatório sobre a situação no Iraque e, nos dias 8 e 9 de abril, apresenta ao Congresso cronograma de redução do número de tropas no país.


Com agências internacionais.


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