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Arquidiocese alemã admite erro grave em caso de abuso quando chefiada pelo papa
DO "NEW YORK TIMES"
A Igreja Católica da Alemanha reconheceu ontem os
"graves erros" cometidos pela Arquidiocese de Munique,
quando presidida pelo hoje
em dia papa Bento 16 -entre
1977 e 1982-, em ao menos
um caso envolvendo o abuso
sexual de menores, em meio
à crescente polêmica de pedofilia em igrejas europeias.
A arquidiocese admitiu ter
submetido um padre acusado de molestar garotos a sessões de terapia em 1980 e depois permitido seu retorno à
atividade, quando ele então
voltou a praticar abusos antes de ser levado à Justiça.
À época, Bento 16 endossou a prescrição de terapia
ao padre suspeito. Mas, segundo a arquidiocese, a responsabilidade por sua volta à
atividade foi de um auxiliar.
O Vaticano afirmou ontem
não ter comentários a fazer
além dos da arquidiocese.
O caso é o segundo constrangimento ao sumo pontífice na série de casos de pedofilia na Igreja Católica que
vêm sendo revelados nas últimas semanas na Europa.
Semana passada veio à tona que o irmão do papa dirigiu durante 30 anos coral ligado a instituição de educação da igreja na qual dois ex-membros dizem ter sido molestados. Georg Ratzinger,
86, disse que os casos são de
antes de ocupar o cargo, mas
admitiu ter batido em garotos -pelo que se desculpou.
Ontem, Bento 16 recebeu
o presidente da conferência
dos bispos alemã. À saída, o
arcebispo Robert Zollitsch
pediu desculpas às vítimas e
disse ter recebido apoio do
papa para as investigações.
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