São Paulo, sábado, 13 de março de 2010

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Arquidiocese alemã admite erro grave em caso de abuso quando chefiada pelo papa

DO "NEW YORK TIMES"

A Igreja Católica da Alemanha reconheceu ontem os "graves erros" cometidos pela Arquidiocese de Munique, quando presidida pelo hoje em dia papa Bento 16 -entre 1977 e 1982-, em ao menos um caso envolvendo o abuso sexual de menores, em meio à crescente polêmica de pedofilia em igrejas europeias.
A arquidiocese admitiu ter submetido um padre acusado de molestar garotos a sessões de terapia em 1980 e depois permitido seu retorno à atividade, quando ele então voltou a praticar abusos antes de ser levado à Justiça.
À época, Bento 16 endossou a prescrição de terapia ao padre suspeito. Mas, segundo a arquidiocese, a responsabilidade por sua volta à atividade foi de um auxiliar.
O Vaticano afirmou ontem não ter comentários a fazer além dos da arquidiocese.
O caso é o segundo constrangimento ao sumo pontífice na série de casos de pedofilia na Igreja Católica que vêm sendo revelados nas últimas semanas na Europa.
Semana passada veio à tona que o irmão do papa dirigiu durante 30 anos coral ligado a instituição de educação da igreja na qual dois ex-membros dizem ter sido molestados. Georg Ratzinger, 86, disse que os casos são de antes de ocupar o cargo, mas admitiu ter batido em garotos -pelo que se desculpou.
Ontem, Bento 16 recebeu o presidente da conferência dos bispos alemã. À saída, o arcebispo Robert Zollitsch pediu desculpas às vítimas e disse ter recebido apoio do papa para as investigações.


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