São Paulo, sábado, 13 de março de 2010

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Ataques a bomba matam 45 no Paquistão

Ações aparentemente coordenadas elevam temor de nova onda de violência perpetrada pelo Taleban

DA REDAÇÃO

Duas explosões aparentemente coordenadas deixaram ontem ao menos 45 pessoas mortas e mais de cem feridas na cidade de Lahore, a segunda maior do Paquistão.
Segundo a polícia, o alvo dos homens-bomba, que estavam a pé, foi o RA Bazaar, um distrito residencial e comercial onde diversas agências de segurança mantêm escritórios.
Os suicidas se aproximaram de veículos do Exército e detonaram os explosivos. As explosões ocorreram com um espaço de 15 a 20 segundos entre elas. O chefe da polícia local, Tariq Saleem Dogas, disse que entre os mortos estão dez soldados.
Horas depois, uma série de cinco pequenas explosões aterrorizou os moradores do distrito de Iqbal Town, outra região de Lahore, deixando ao menos três feridos.
Os ataques fizeram crescer o temor de uma nova onda de violência como a iniciada em outubro do ano passado, que durou três meses e deixou cerca de 600 mortos -numa aparente retaliação à ofensiva do Exército em regiões consideradas fortalezas de insurgentes do Taleban paquistanês, como o Waziristão do Sul.
Nos últimos meses, os ataques deixaram de ser frequentes e se tornaram menores, confinados a regiões remotas.
A relativa calma, no entanto, foi quebrada na última segunda-feira, com a explosão de um carro-bomba em Lahore, que deixou 13 pessoas mortas.
Ainda nesta semana, seis pessoas morreram em Mansehra, em um ataque a escritórios de uma entidade de ajuda humanitária que tem sede nos EUA. Em Peshawar, a explosão de uma bomba em um cinema provocou quatro mortes.
O governo paquistanês tem afirmado que as ofensivas do Exército enfraqueceram o Taleban, que tem laços com a rede terrorista Al Qaeda.
Mas, recentemente, o grupo renovou a pressão sobre o impopular presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, que enfrenta pedidos da oposição para transferir seus poderes para o primeiro-ministro Yousuf Gilani. Zardari ainda enfrenta a insistência dos EUA para que extremistas baseados na fronteira com o Afeganistão -de onde atacam forças americanas- sejam combatidos.


Com agências internacionais


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