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Ataques a bomba matam 45 no Paquistão
Ações aparentemente coordenadas elevam temor de nova onda de violência perpetrada pelo Taleban
DA REDAÇÃO
Duas explosões aparentemente coordenadas deixaram
ontem ao menos 45 pessoas
mortas e mais de cem feridas na
cidade de Lahore, a segunda
maior do Paquistão.
Segundo a polícia, o alvo dos
homens-bomba, que estavam a
pé, foi o RA Bazaar, um distrito
residencial e comercial onde
diversas agências de segurança
mantêm escritórios.
Os suicidas se aproximaram
de veículos do Exército e detonaram os explosivos. As explosões ocorreram com um espaço
de 15 a 20 segundos entre elas.
O chefe da polícia local, Tariq
Saleem Dogas, disse que entre
os mortos estão dez soldados.
Horas depois, uma série de
cinco pequenas explosões aterrorizou os moradores do distrito de Iqbal Town, outra região
de Lahore, deixando ao menos
três feridos.
Os ataques fizeram crescer o
temor de uma nova onda de
violência como a iniciada em
outubro do ano passado, que
durou três meses e deixou cerca de 600 mortos -numa aparente retaliação à ofensiva do
Exército em regiões consideradas fortalezas de insurgentes
do Taleban paquistanês, como
o Waziristão do Sul.
Nos últimos meses, os ataques deixaram de ser frequentes e se tornaram menores,
confinados a regiões remotas.
A relativa calma, no entanto,
foi quebrada na última segunda-feira, com a explosão de um
carro-bomba em Lahore, que
deixou 13 pessoas mortas.
Ainda nesta semana, seis
pessoas morreram em Mansehra, em um ataque a escritórios de uma entidade de ajuda
humanitária que tem sede nos
EUA. Em Peshawar, a explosão
de uma bomba em um cinema
provocou quatro mortes.
O governo paquistanês tem
afirmado que as ofensivas do
Exército enfraqueceram o Taleban, que tem laços com a rede
terrorista Al Qaeda.
Mas, recentemente, o grupo
renovou a pressão sobre o impopular presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, que enfrenta pedidos da oposição para
transferir seus poderes para o
primeiro-ministro Yousuf Gilani. Zardari ainda enfrenta a
insistência dos EUA para que
extremistas baseados na fronteira com o Afeganistão -de
onde atacam forças americanas- sejam combatidos.
Com agências internacionais
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