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São Paulo, domingo, 13 de abril de 2003

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AMÉRICA LATINA

Artefato causa estragos, mas não faz vítimas

Bomba explode em escritório usado em negociação de paz na Venezuela

DA REDAÇÃO

Uma bomba explodiu na madrugada de ontem em Caracas no local utilizado pelo governo e pela oposição para negociar uma saída pacífica para a crise política. A bomba só causou danos materiais, sem deixar vítimas, informou a polícia venezuelana.
Um homem colombiano foi detido por suspeitas da polícia de que tenha tido participação na explosão, que ocorreu menos de 24 horas depois do anúncio de um acordo entre governo e oposição para submeter o mandato do presidente Hugo Chávez a um referendo popular, a partir de agosto.
Carlos Medina, da Polícia Científica, afirmou à imprensa que o artefato apenas "provocou destroços na fachada do edifício em que funciona a Mesa de Negociação e Acordos", na praça Venezuela, no norte de Caracas.
"Esperamos encontrar essas pessoas que querem causar traumas ou terror na sociedade venezuelana", afirmou Medina, que não descartou a possibilidade de o explosivo utilizado ser do tipo C-4, o mesmo empregado nas bombas que explodiram nas embaixadas da Colômbia e da Espanha em 25 de fevereiro passado.
Medina diz presumir que que os autores sejam "os mesmos setores frustrados" que há exatamente um ano tentaram dar um golpe de Estado contra o governo do presidente Hugo Chávez, que chegou a ficar afastado do poder por 47 horas.
A Mesa de Negociação e Acordos fixou para depois da Semana Santa a assinatura do acordo eleitoral, que deverá contar com a presença de Cesar Gaviria, secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos) e de Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos e diretor do Centro Carter, organização que também está envolvida nas negociações para a paz na Venezuela.
A área da explosão foi isolada pela Polícia Científica, que desde a madrugada de ontem faz um trabalho de coleta de provas. "Vamos até as últimas consequências desta investigação", afirmou Medina.


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