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NEPAL
Ex-guerrilheiros maoístas tomam dianteira na apuração
DA REDAÇÃO
Os ex-rebeldes maoístas
elegeram deputados em 11
dos 21 distritos eleitorais do
Nepal em que os resultados
das eleições de quinta-feira
já haviam sido apurados. Segundo a comissão eleitoral,
eles também lideram a apuração em 61 outros distritos.
O Partido Comunista do
Nepal, que deverá ser majoritário na Assembléia Constituinte, liderará o processo
de substituição da monarquia por uma república. O
país, com 28 milhões de habitantes, está encravado entre a Índia e a China.
Os maoístas lideraram
uma insurgência que durou
dez anos e chegou ao final em
2006. Eles formam o maior
dos três partidos comunistas
locais. Todos eles já haviam
eleito deputados.
Kunda Dixit, diretor do semanário "Nepali Times", disse que a votação reflete a
vontade dos eleitores, sobretudo dos mais jovens, por
crescimento econômico e
democracia. A seu ver, ao eleger ex-guerrilheiros, os jovens obtêm a garantia de que
não serão novamente alistados pelo Exército para combater nas selvas.
O segundo maior dos partidos comunistas, a Unidos
Marxistas-Leninistas, sofreu
derrota simbólica com a não
eleição de Madhav Kumar
num dos distritos da capital,
Katmandu. O terceiro partido comunista, o dos Trabalhadores e Camponeses, elegeu até agora dois.
O país está dividido em
240 distritos que elegem individualmente um deputado.
Há 335 outras cadeiras
preenchidas segundo um
complicado sistema proporcional, com grupos -mulheres, castas, minorias étnicas- que escolhem seus próprios representantes. As
apurações deverão prosseguir por mais no mínimo dez
dias, segundo as autoridades.
Os maoístas que deverão
ser majoritários são ainda
considerados pelos EUA como um grupo terrorista.
Com agências internacionais
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