São Paulo, domingo, 13 de abril de 2008

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NEPAL

Ex-guerrilheiros maoístas tomam dianteira na apuração

DA REDAÇÃO

Os ex-rebeldes maoístas elegeram deputados em 11 dos 21 distritos eleitorais do Nepal em que os resultados das eleições de quinta-feira já haviam sido apurados. Segundo a comissão eleitoral, eles também lideram a apuração em 61 outros distritos.
O Partido Comunista do Nepal, que deverá ser majoritário na Assembléia Constituinte, liderará o processo de substituição da monarquia por uma república. O país, com 28 milhões de habitantes, está encravado entre a Índia e a China.
Os maoístas lideraram uma insurgência que durou dez anos e chegou ao final em 2006. Eles formam o maior dos três partidos comunistas locais. Todos eles já haviam eleito deputados.
Kunda Dixit, diretor do semanário "Nepali Times", disse que a votação reflete a vontade dos eleitores, sobretudo dos mais jovens, por crescimento econômico e democracia. A seu ver, ao eleger ex-guerrilheiros, os jovens obtêm a garantia de que não serão novamente alistados pelo Exército para combater nas selvas.
O segundo maior dos partidos comunistas, a Unidos Marxistas-Leninistas, sofreu derrota simbólica com a não eleição de Madhav Kumar num dos distritos da capital, Katmandu. O terceiro partido comunista, o dos Trabalhadores e Camponeses, elegeu até agora dois.
O país está dividido em 240 distritos que elegem individualmente um deputado. Há 335 outras cadeiras preenchidas segundo um complicado sistema proporcional, com grupos -mulheres, castas, minorias étnicas- que escolhem seus próprios representantes. As apurações deverão prosseguir por mais no mínimo dez dias, segundo as autoridades.
Os maoístas que deverão ser majoritários são ainda considerados pelos EUA como um grupo terrorista.


Com agências internacionais


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