São Paulo, domingo, 13 de abril de 2008

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HAITI

Crise derruba premiê; membro de força da ONU morre baleado

DA REDAÇÃO

Legisladores haitianos votaram ontem pelo afastamento do premiê do país, Jacques Edouard Alexis, em uma tentativa de desarmar a revolta generalizada com a alta dos preços dos alimentos que levou a dias de protestos e havia deixado cinco mortos até a última semana.
Porém, em uma indicação de que a violência poderá continuar, o número de fatalidades aumentou para seis ontem, com a morte de um soldado nigeriano parte das forças de paz da ONU no Haiti (Minustah).
Segundo Sophie Boutaud de la Combe, porta-voz da Minustah, o homem foi baleado em Porto Príncipe quando circulava à paisana perto da principal igreja católica da capital .
A identidade da vítima não havia sido divulgada até o fechamento desta edição.
Os haitianos começaram a protestar no último dia 2 contra o preço de produtos como arroz e frutas, que aumentou em 50% no ano passado, refletindo uma tendência mundial causada em grande parte pela crescente demanda da Ásia por alimentos e pela alta do petróleo.
Os protestos diminuíram um pouco após um apelo do presidente do Haiti, René Preval, na última semana, mas a tensão continua alta.
Ontem, Preval disse ser contrário ao afastamento do premiê. Jacques Edouard Alexis era um aliado de Preval que assumira a chefia de um gabinete de coalizão em 2006. "A alta nos preços não é culpa do governo, e estamos fazendo o possível para gerenciar a crise", disse.
Ainda assim, ele concordou em indicar um novo nome para o cargo, "como prevê a Constituição".
Horas antes do afastamento, o presidente havia anunciado um corte de mais de 15% no preço do arroz. O preço será subsidiado pelo governo a partir da ajuda financeira internacional ao país.


Com agências internacionais


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