DA REDAÇÃO

O número de casos de Sars (síndrome respiratória aguda grave, na sigla em inglês) ultrapassou 5.000 registros ontem na China continental, enquanto Taiwan registrou oito mortes e um salto recorde de novos casos da doença.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ocorreram até ontem 552 mortes por Sars, com 7.447 casos notificados. A China continental, origem da epidemia, concentra a maioria dos casos, com 252 mortos. O Canadá é o único país fora da Ásia que registrou mortes pela doença.
"A situação é séria, e as tarefas são imensas", disse o presidente chinês, Hu Jintao, em pronunciamento na TV estatal. "Devemos estar preparados para o pior."
Ontem, Taiwan registrou 23 novos casos, o número mais alto desde o início do surto epidêmico, há dois meses. A ilha de Taiwan conta agora 27 mortes pela doença e 207 casos notificados.
A morte de um dentista na cidade de Kaohsiung, no sul da ilha, mostra que a epidemia está se dirigindo naquela direção a partir de de Taipé, a capital.
As autoridades de saúde também estão preocupadas por não terem sido capaz de rastrear onde pelo menos seis pacientes com Sars contraíram a doença.
Isso sugere que a epidemia está espalhada pela população. Até agora, a transmissão havia sido rastreada até familiares ou pessoas próximas que haviam contraído a Sars.
Trabalhadores começaram a semana de trabalho obedecendo a uma ordem do governo de usar máscaras dentro do metrô de Taipé. O governo também está instalando câmeras de vídeo para vigiar cerca de 8.000 pessoas que estão sob quarentena em suas casas.
A Nigéria anunciou o primeiro caso suspeito de Sars ontem: um empresário de Taiwan que morreu com os sintomas da doença.