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IRAQUE
Operação americana recrudesce
Iraquianos derrubam helicóptero dos EUA
DA REDAÇÃO
Um helicóptero americano foi
derrubado ontem durante um
ataque à resistência iraquiana a
noroeste de Bagdá, onde haveria
um "campo terrorista", segundo
os EUA. Os dois tripulantes do
helicóptero -o primeiro a ser
abatido desde que foi declarado o
fim das operações principais de
combate, em 1º de maio- não se
feriram no incidente.
A sudoeste de Bagdá, um caça
F-16 caiu em um suposto acidente
que está sob investigação. O piloto ejetou seu assento antes da
queda e não se feriu.
Em menos de três semanas, dez
soldados americanos morreram
em ataques no país ocupado. Desde 1º de maio, o saldo é de quase
40 baixas nas fileiras dos EUA.
Segundo o principal comandante das forças americanas, o tenente-general David McKiernan,
a "Operação Ataque na Península" prosseguia ontem, envolvendo 4.000 soldados em um "esforço contínuo para erradicar simpatizantes do Baath [o partido do
ex-ditador Saddam Hussein, banido pela Autoridade Provisória
da Coalizão], paramilitares e outros elementos subversivos".
Ontem, segundo os militares
americanos, "vários iraquianos"
foram mortos no ataque ao campo, 150 km a noroeste de Bagdá.
Na terça e na quarta-feira, 397 iraquianos foram detidos em Balad,
60 km ao norte da capital.
O administrador provisório do
Iraque, o diplomata americano
Paul Bremer, declarou que os soldados americanos são vítimas de
uma "resistência organizada" e de
"sabotagem política", por parte
de ex-aliados de Saddam, ao esforço de reconstrução, principalmente na região oeste do país.
A avaliação contraria o que o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, dissera nesta semana sobre a
inexistência de uma campanha
organizada contra os EUA.
Bremer emitiu ontem um decreto proibindo encontros públicos, pronunciamentos ou distribuição de material impresso que
incite a desordem e a violência.
Armas iraquianas
A CIA (serviço secreto dos
EUA) negou, ontem, qualquer
responsabilidade pelo uso que o
presidente George W. Bush fez de
um relatório falho sobre as supostas armas de destruição em massa
iraquianas, ainda não encontradas pela coalizão.
Segundo um porta-voz da agência, Bill Harlow, "uma leitura cuidadosa" dos documentos fornecidos ao Congresso mostraria que a
CIA "não possuía informações de
autoridades qualificadas" sobre
uma suposta tentativa do Iraque
de comprar urânio do Níger, que
mais tarde se mostrou falsa.
Bush usou a informação em seu
discurso anual sobre o Estado da
União, em janeiro passado, ao defender a necessidade de invadir o
Iraque.
A CIA nomeou David Kay, ex-inspetor de armas da ONU, "conselheiro especial de estratégia sobre programas de armas de destruição em massa iraquianas". Ele
trabalhará com a nova equipe de
busca de armas do Pentágono,
composta por 1.400 pessoas.
Relíquia
A coalizão recuperou ontem o
Vaso de Warka, de 3.200 a.C.,
uma das mais importantes relíquias do Museu de Arqueologia
de Bagdá, roubada durante a
guerra. Três iraquianos entregaram a peça intacta.
Com agências internacionais
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