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Bagdá pode dialogar com insurgentes
DA ASSOCIATED PRESS
O governo iraquiano disse ontem que alguns grupos de insurgentes demonstram a disposição
de depor armas e se integrar à vida política do país.
A informação foi prestada por
Laith Kuba, porta-voz do primeiro-ministro Ibrahim Jaafari, que
não forneceu detalhes sobre a origem étnica e as regiões em que esses grupos estão implantados.
A seu ver, as últimas eleições e a
instalação de um governo iraquiano teriam esvaziado a tese de
que o país tem seu comando administrativo assegurado pelos 155
mil militares americanos.
Kuba excluiu de seu raciocínio
os terroristas islâmicos, como os
liderados por Abu Musab al Zarqawi, representante da Al Qaeda
no Iraque.
Suas declarações, embora sem
nenhum fato concreto, coincidem
com comentários feitos nos últimos dias por lideranças xiitas e
sunitas de que estão em curso discussões para que parte da insurgência abandone a ação armada.
Nos últimos 18 meses, cerca de
12 mil iraquianos foram mortos
em ações violentas, segundo dados divulgados pelo governo.
Ainda ontem, foram mortos
quatro americanos, o que eleva
para 1.701 o número de mortes
entre militares dos EUA, segundo
a agência Associated Press. Eles
ocupavam veículos alvejados por
bombas colocadas pela insurgência à beira da estrada.
A polícia encontrou nas imediações de Bagdá 20 cadáveres crivados de bala, sepultados em covas
rasas ou ainda insepultos. Parte
das vítimas é da minoria sunita.
Os corpos foram encontrados
por um pastor, disse o tenente iraquiano Ayad Othman. Eles traziam os olhos vendados, estavam
com as mãos amarradas nas costas e foram alvejados por trás. Sete
dos cadáveres estavam despidos.
O general que comanda as tropas de elite da polícia, Rashid Flaiyeh, escapou de uma tentativa de
assassinato quando insurgentes
montaram uma barricada e atiraram contra os veículos que integravam o cortejo fúnebre da mãe
dele. Ao menos 11 parentes e amigos do general ficaram feridos.
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