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GUERRA SEM LIMITES
Suicida de Guantánamo ia deixar prisão, mas não sabia
DA REDAÇÃO
Um dos três prisioneiros
de Guantánamo que cometeram suicídio no último sábado estava prestes a deixar o
campo de detenção americano em Cuba -mas não havia
sido informado disso.
Segundo o advogado americano Mark Denbeuax, que
representa alguns dos estrangeiros detidos no local, o
suicida estava incluído numa
lista de 141 prisioneiros que
seriam soltos, pois havia sido
considerado uma "pessoa segura, apta a ser libertada",
mas não foi avisado porque
ainda não se sabia para que
país mandá-lo.
O Pentágono afirma que o
saudita Mani Shaman Turki
al Habardi Al Utaybi, 30, era
membro de um grupo aliado
à Al Qaeda. Apesar disso,
confirma que ele deixaria
Guantánamo e que faltava
decidir para onde iria.
Ontem um oficial disse
que os presos usaram de artifícios para que não fossem
vistos cometendo suicídio.
Um deles se enforcou com
um lençol atrás de seu varal
de roupas e arrumou a cama
de modo a parecer que havia
alguém dormindo, afirmou.
Segundo um oficial, os guardas passarão a recolher os
lençóis de manhã. Familiares dos mortos disseram que
eles não se suicidariam.
O Departamento de Estado procurou ontem se descolar dos comentários de alguns oficiais, que classificaram os suicídios como "um
bom golpe de publicidade".
"Temos sérias preocupações
toda vez que alguém tira sua
própria vida", disse.
Com agências internacionais
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