São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 2006

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GUERRA SEM LIMITES

Suicida de Guantánamo ia deixar prisão, mas não sabia

DA REDAÇÃO

Um dos três prisioneiros de Guantánamo que cometeram suicídio no último sábado estava prestes a deixar o campo de detenção americano em Cuba -mas não havia sido informado disso.
Segundo o advogado americano Mark Denbeuax, que representa alguns dos estrangeiros detidos no local, o suicida estava incluído numa lista de 141 prisioneiros que seriam soltos, pois havia sido considerado uma "pessoa segura, apta a ser libertada", mas não foi avisado porque ainda não se sabia para que país mandá-lo.
O Pentágono afirma que o saudita Mani Shaman Turki al Habardi Al Utaybi, 30, era membro de um grupo aliado à Al Qaeda. Apesar disso, confirma que ele deixaria Guantánamo e que faltava decidir para onde iria.
Ontem um oficial disse que os presos usaram de artifícios para que não fossem vistos cometendo suicídio. Um deles se enforcou com um lençol atrás de seu varal de roupas e arrumou a cama de modo a parecer que havia alguém dormindo, afirmou. Segundo um oficial, os guardas passarão a recolher os lençóis de manhã. Familiares dos mortos disseram que eles não se suicidariam.
O Departamento de Estado procurou ontem se descolar dos comentários de alguns oficiais, que classificaram os suicídios como "um bom golpe de publicidade". "Temos sérias preocupações toda vez que alguém tira sua própria vida", disse.


Com agências internacionais

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