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memória
Bush acionou Congresso para endurecer leis
DA REDAÇÃO
O presidente George W.
Bush criou em fins de 2001
tribunais militares de exceção para julgar os estrangeiros acusados de envolvimento no 11 de Setembro. Em janeiro do ano seguinte chegavam a Guantánamo, narcotizados e amarrados durante o
vôo, os primeiros supostos
extremistas, presos durante
a guerra ao Afeganistão.
Em fevereiro de 2002, um
decreto presidencial afirmava que a Convenção de Genebra não se aplicaria aos
"combatentes inimigos",
qualificados pelo então secretário americano da Defesa, Donald Rumsfeld, de "os
assassinos mais ferozes e
bem-treinados do planeta".
Abrigando uma população
máxima de 750 prisioneiros,
sem prazo para serem formalmente acusados ou julgados, Guantánamo era para os
conservadores americanos
um mal necessário, e, para os
liberais, uma aberração.
Em junho de 2004, a Suprema Corte autoriza os detentos a interpelar tribunais
federais. Mas no mês seguinte o governo cria as comissões de revisão, que na prática lhes bloqueia o acesso às
cortes regulares.
Dois anos depois, a Suprema Corte volta a agir e afirma
não haver leis americanas
que permitam tribunais militares de exceção. Em três
meses, a maioria republicana
no Congresso legaliza esses
tribunais e limita os recursos
às cortes regulares americanas aos casos de sentença de
prisão já proferida.
Em tese, o Congresso pode
agora votar uma lei que dificulte o acesso dos prisioneiros a tribunais federais. Mas
os republicanos perderam a
maioria legislativa. O voto no
Supremo, aliás, tem relação
direta com a eleição deste
ano: dois dos quatro juízes liberais que formaram a maioria têm mais de 70 anos e caminham para a aposentadoria. Seus sucessores poderão
vir a ser indicados pelo próximo presidente.
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