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Saiba mais sobre a crise em Kosovo
da Redação
A Otan (aliança militar ocidental, liderada pelos EUA) bombardeou a Iugoslávia por 78 dias com
a intenção de forçar o regime do
ditador Slobodan Milosevic a aceitar um acordo com kosovares de
origem albanesa.
Segundo dados populacionais de
um ano atrás, cerca de 90% da população da Província de Kosovo
era de origem albanesa, majoritariamente muçulmana.
Os sérvios, em sua maioria cristãos ortodoxos, representavam
10% dos habitantes de Kosovo. Eles são a etnia predominantemente na Iugoslávia
Kosovo é uma Província da Sérvia
-República que, com Montenegro, forma a Iugoslávia- e usufruía de certa autonomia até 1989,
com polícia própria e ensino em
língua albanesa. A cassação da autonomia estimulou o separatismo.
Milosevic é acusado de promover "limpeza étnica" -matar kosovares de etnia albanesa ou expulsá-los de casa. Em 27 de maio,
tribunal das Nações Unidas o indiciou por crimes de guerra.
Os iugoslavos alegam combater
o ELK (Exército de Libertação de
Kosovo), guerrilha separatista, para defender a integridade territorial do país.
Os sérvios vêem Kosovo como
berço de sua identidade nacional.
Há mosteiros ortodoxos na região e ali aconteceu, em 1389, uma histórica batalha perdida para os otomanos (mulçumanos), que dominaram a região dos Bálcãs durante mais de 500 anos.
Na última quarta, foi assinado
acordo de paz arquitetado pelo G-8 (sete países mais ricos do mundo
e a Rússia).
O plano prevê a retirada das tropas iugoslavas de Kosovo (em 11
dias) e a entrada de uma força internacional para garantir a volta
dos refugiados -cerca de 900 mil,
a maior parte na Albânia e na Macedônia- e a segurança dos sérvios da Província.
A Aliança militar ocidental decidiu suspender os ataques depois de verificar o início da saída de tropas iugoslavas de Kosovo.
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