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MÃO FECHADA
EUA e Europa já
discutem a conta
da Redação
No momento da reconstrução
dos Bálcãs, os EUA, que foram os
maiores financiadores dos ataques, devem jogar a conta para os
europeus. A questão é: até quanto
os europeus pagarão?
"Espero que a maior parte do dinheiro venha da Europa, porque a
maioria dos custos da campanha
aérea foi paga pelos EUA", disse o
presidente dos EUA, Bill Clinton,
semana passada.
A campanha para suceder Clinton já está começando. A votação
será no final de 2000. É provável
que o eleitorado norte-americano
se esqueça das glórias de ter dobrado um ditador e se lembre da penúria de ter de pagar pelos estragos
de suas próprias bombas.
Republicanos e democratas devem querer se desvincular de custos que parecem ser muito mais da
alçada dos europeus.
Para Alemanha, França, Reino
Unido e Itália, países europeus que
fazem parte do G-7 (grupo dos sete
países mais ricos do mundo que
conta também com EUA, Canadá e
Japão), a tarefa pode ser maior que
só financiar obras e dar apoio a refugiados que voltam a Kosovo.
Os países que não participaram
diretamente do conflito também
sentiram efeitos na economia.
A Grécia, que tem o turismo como uma das principais fontes de
renda, sofre com o cancelamento
de reservas em época de alta estação. Para Croácia e Eslovênia os
danos também foram sérios, tanto
no turismo quanto no comércio.
Hungria e Áustria, que utilizavam o Danúbio como via de acesso
ao mar Negro, vêem com preocupação os escombros das pontes
que obstruem o rio.
Especialistas dizem que o euro
(moeda única da União Européia)
está recebendo um choque com a
guerra que pode fazer com que toda a política monetária européia
tenha de mudar. Isso não é bom na
fase de implantação de uma moeda, quando a confiança é tudo.
Esse tipo de insegurança deverá
ser superada se a Europa quiser ver
sua economia crescer.
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